quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Governança no Brasil pós 2010.

Desde a redemocratização em 1985, o Brasil tem passado por um amplo processo de construção de suas instituições, territórios, estados, infra-estrutura, obras, estradas e equipamentos públicos, o Governo Sarney foi um dos Governos em que mais solidificaram-se as instituições, o Governo Collor/Itamar foi o Governo que abriu as portas do Brasil pro mundo e portanto construiu o comércio exterior e suas instituições subsequentes, o Governo FHC, foi o Governo da construção da estabilidade econômica, da segurança financeira e da doma da inflação, tendo com isso construído as instituições competentes e por fim o Governo Lula, está sendo o Governo da construção de infra-estrutura, equipamentos, obras e demais coisas de proveito público.
De fato cada Governo pôde desenvolver coisas próprias, amparados por bases que foram construídas por seus antecessores, embora alguns tenham realizado mais e outros menos, sendo assim a Governança é um processo cumulativo e isso portanto só nos leva a confirmar a afirmação do economista Delfin Neto: "O Governo Lula, também já é passado e encerra uma fase de governança no Brasil".
De fato o governo Lula, que se encerra em Dezembro de 2010, já está inserido no passado, e põe ponto final nesta fase de governança, mas já deixa os novos paradigmas da nova fase para seu sucessor, seja este quem for, e é sobre isso que falaremos hoje, a governança no Brasil pós 2010.
Como visto, desde o retorno da democracia no país, a palavra foi construção: construir casas, construir hidrelétricas, construir rodovias, construir ferrovias, construir instituições, construir, construir e construir.
No entanto, os próximos Governantes, de 2010 pra frente, terão de construir menos e consertar mais, procedendo inclusive a reforma das instituições já velhas e ineficientes, com menos rodovias e mais saúde, educação, segurança, menos avenidas e túneis e mais trem e metrô, menos viadutos, rodoanéis e elevados e mais transportes alternativos como a expansão das ciclovias.
Haverão de mudar o estilo "rodoviarista" de Governo, pra um estilo mais social, humanista e ambiental. Oferecendo mais do que emprego e renda, oferecendo condições cidadãs de vida as pessoas, com serviços humanizados de qualidade e com atenção especial aos mais carentes, bem como uma vida ambiental segura e saudável, visando a reversão da capacidade que o estado tem de produzir, em benefício das pessoas e do ambiente por elas habitado.
Necessitarão de sensibilidade ambiental, pra além dos papéis, canetas e carimbos, sensibilidade social pra além de transferência de renda, sensibilidade humana, com menos seguranças pra autoridades do estado e mais médicos pras pessoas, menos apadrinhados políticos e mais professores qualificados em sala de aula.
É preciso nesta nova fase,
humanizar as escolas, aplicar a reforma do ensino médio, reconstruir o ensino público e continuar a ampliação da rede de ensino superior e a facilitação de seu acesso aos mais carentes, além de ampliar e rever a filosofia de diversos cursos de capacitação técnica existentes no país, que são bons mas que com filosofias erradas, prestarão um des-serviço de formação profissional.
Humanizar também significa aproximar as forças de segurança pública do cidadão, investir na contratação de novos policiais como maneira de oxigenar as forças de segurança e limpar a corrupção engendrada na velha guarda dos pelotões, além de investir na pacificação das áreas marginalizadas e acompanhar o processo de descriminalização, oferecendo oportunidades para os cidadãos destes locais.
O ambiental significa submeter todas as atividades ao parecer dos orgãos competentes, assim como se submetem todas as coisas, á burocracia costumaz do estado.
Ambiental significa também contabilizar causa e efeito, ação e reação, ônus e bônus, custo e beneficio de uma mesma obra, de uma mesma ação pra que os virtuais beneficiados não se tornem os reais prejudicados de uma caneta cega, de um papel mudo, de um carimbo surdo e de um governante irresponsável.
São portanto com estes três novos eixos reformistas que o sucessor do Governo Lula terá de atuar, pra garantir que as pessoas não sofram um retrocesso maligno do seu próprio progresso, que tem sido construído com a luta e o suor de cada um dos trabalhadores brasileiros.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O que precisava ouvir-se da tribuna do Senado.

"Senhoras e Senhores Senadores, Presidente e demais colegas desta casa, hoje estamos encerrando o ano administrativo com altos e baixos e muitas novas perspectivas que traduzem-se em desafios, pra que o próximo ano seja de fato um ano triunfal.
Agigantaram-se alguns nobres senhores da política nacional, que desde muito tempo, estão no cenário político, vendendo sua influência aos interessados, de maneira bandida, descarada e despudorada, mas que infelizmente tem seu conhecimento longe das pessoas, do povo e do eleitorado, que de maneira ou outra, ainda encontra consolo no artifício democrático, pra não desistir de exercer o direito de voto.
Por falar em democracia, assistimos em Honduras, fatos que não desejamos ao Brasil e nem ao nosso pior inimigo de qualquer que seja a causa, mas também, não estaremos de pé a aplaudir a falsa democracia, onde traveste-se a demagogia de um líder ditatorial em face democrática, onde não existe sequer liberdade de expressão, a exemplo de países alguns que nos avizinham e demonstram este perfil.
A crise financeira também foi grande exemplo do que se deve e do que não se deve fazer na economia, fora uma oportunidade ímpar de aprendizagem pro Brasil, que por mérito de seu povo, não patinou e não patina, em meio a derrocada financeira Norte Americana, que viu toda sua esperança depositada num homem, que fora eleito Presidente concentrando a idealização de salvador da pátria, mas que infelizmente fora uma doce decepção.
Pro ano que se aproxima, o Brasil terá a grande possibilidade de crescer a grandes montas, na faixa de 5 á 5,5% do PIB mas não se deve deixar de lado a vigilância que nos auxiliou a contornar a crise e botar freio nos gastos de custeio e manutenção da máquina pública, de modo a garantir que não faremos o jogo do casino econômico, que levou as potências a falência, neste período caótico da economia global.
Devemos ainda, aproveitar a calmaria financeira do próximo ano, onde como disseram especialistas, a eleição presidencial não afetará o mercado de valores, pra pensar estratégias sólidas e contundentes, que sustentem o crescimento econômico a longo prazo, sem tirar o pé do freio que tem segurado competentemente a inflação desde 1994, bem como jamais deixar de atentar que a riqueza gerada pelo país e logo por todos os entes federados, nosso povo, deve ser por ele repartido e por estes utilizados, de maneira igualitária, justa e soberana como temos visto acontecer, muito embora ainda aquém do esperado.
Ainda é preciso, na crista da onda do crescimento, não perder a conexão com a realidade e atentar para o saldo comercial da nossa balança e já articular medidas arrecadatórias pelo fato de que no ano que vem, provaremos forte diminuição do nosso superávit e é exatamente aí que uma boa gestão do custeio da máquina, nos permitirá fechar o ano em saldo positivo, sem provar de um amargo déficit no último ano de um Governo que se encerra, depois de 8 anos a frente do nosso país.
Na questão eleitoral também há de se fazer juízo, dos motes políticos que serão apresentados ao país, pelo candidato do Governo e da oposição, e este juízo será importante pra que diferentemente do que fez os Estados Unidos, não elejamos uma figura apenas, pois devemos e precisamos, eleger um Presidente que seja não só uma figura, mas que seja de fato, gestor de seus atos, fiador de suas propostas e realizador dos seus anseios pra além da vitória das urnas, é preciso ter os pés no chão, o que está em jogo é sem nenhuma sombra de exagero o futuro do nosso país e cada um de nós.
O ano da eleição será o ano do emprego e dos dados econômicos otimistas e é em vista disso, que devemos pautar nossas escolhas, porque quando nos referimos ao futuro que está em jogo, estamos tratando do emprego, da renda e da vida de cada um dos 190 milhões de brasileiros.
O Pré-Sal estará em jogo, a Petrobrás também e as demais empresas do Brasil e do seu povo, que deverão ser preservadas, tanto de quem as querem entregar aos interesses político-econômicos dos especuladores internacionais, como daqueles que querem lotear políticamente os patrimônios públicos, com benesses políticas a partidos tais, onde o pragmatismo é palavra do dia.
O nosso Congresso, deverá ser sábio, mais sábio do que nunca antes, porque ao adentrar o próximo ano, a matéria de primeira ordem é definir o regime de extração e divisão do Pré-Sal, se será a partilha, proposta pelo governo, ou se será a concessão, proposta pela oposição, sobretudo tendo a sensibilidade de saber que a ideologização de assunto desta importância, minará qualquer possibilidade de acerto futuro, no que diz respeito ao modo mais justo de distribuir as riquezas provenientes dessa grandeza natural que está abaixo dos pés dos trabalhadores e das famílias carentes do Brasil.
Sabedoria mesma, que todos os novos Governadores eleitos e também os reeleitos, bem como o novo Presidente, precisarão pra mudar a dinâmica do trato ambiental, que começou a recobrar em castigo, as capitais e as regiões que incorrem ou já incorreram em grande extração e utilização dos recursos naturais, a exemplo da ipermeabilização limite a que o solo da capital paulista chegou, sofrendo agora com enchentes cruéis e devastadoras, não diferente o desmatamento da região Amazônica, gerou uma inversão dos fluxos e regimes de chuva e o Nordeste que sofria a falta d'água, hoje sofre também com alagamentos colossais e o Sul que dependia das chuvas pra tocar a produtividade dos plantios lá existentes, se viu no maior prejuízo das últimas décadas, onde a produção secou bruscamente, sem que se pudesse traçar alternativas rápidas.
Pergunto-me ainda, até quando, o Brasil poderá e deverá, manter a sua economia, o emprego dos brasileiros e sua renda, apoiados na indústria automobilística, de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, uma vez que nossas estradas, ruas e avenidas já não mais comportam tantos veículos, sem contar os automóveis usados, que estão estancados nos pátios das revendedoras espalhadas pelo país.
Esta mesma dúvida, se estende aos eletrodomésticos e eletroeletônicos, uma vez que de maneira geral, não temos uma destinação correta do lixo e muito menos do lixo eletrônico, que conforme pesquisa da USP, já corresponde a 30% do total de lixo urbano produzido numa cidade como São Paulo, até quando poderemos comprar os novos e descartar os velhos sem sentir o problema do lixo á porta de nossas casas?
Até quando poderemos vender carros e bater record de produção e vendas, num país onde não há mais vias para tanto?
Até quando poderemos construir ruas e rodovias, quando o solo já reluta contra a ipermeabilização contínua?
São perguntas que terão de ser respondidas pelos tempos e pelos gestores vindouros deste chamado "novo momento", pro Brasil e pros brasileiros.
Que seja 2010, portanto, um ano de respostas pra compensar um ano de perguntas, como foi 2009, que iniciou-se com as incertezas do futuro, mas que se encerra com pareceres desafiadores, que caberão á nossa competência, e unicamente a nossa competência, saciar ou não essa grande ânsia reformista que as diversas áreas do país nos pedem."

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O PT Paulista e o favoritismo imperial dos Tucanos.

Em São Paulo a palavra coerência não faz parte do vocabulário do PT na escolha dos candidatos ao Governo, tanto quanto a palavra convergência não cabe na boca de José Serra.
Em café da manhã com jornalistas hoje em Brasília, o Presidente Lula foi feliz ao falar exatamente aquilo que o PT de São Paulo precisa ouvir, "mais coerência e menos pragmatismo", esse foi o recado do Presidente para o grupo que comanda o partido em São Paulo, sob forte influência da ex-prefeita da capital, Marta Suplicy.
Os tucanos governam São Paulo desde o ano de 1995, por onde passaram Mário Covas, Geraldo Alckmin e agora José Serra, mas não por alta capacidade de gestão ou extrema competência gerencial da máquina pública, muito pelo contrário, estão bem estabelecidos no suntuoso Palácio dos Bandeirantes, pelo fato de que o PT de São Paulo não seguiu o método "Lula" de ganhar eleições: apresentar o mesmo candidato ao Governo enquanto for possível concorrer com ele.
Em 2002 o então Governador Geraldo Alckmin suou a camisa pra vencer a eleição, após ter recebido do falecido Governador Mário Covas um estado que ele mesmo classificou como "falido" em seu discurso de posse, na eleição em questão, o candidato Petista era José Genoíno que chegou a ir pro 2º Turno com o tucano, que o venceu com uma pequena vantagem, comprovando o potencial de virória possuido então pelo PT.
No entanto em 2006 Genoíno não podia sequer andar nas ruas, ele estivera envolvido no escândalo do mensalão que sacudira o Governo do Presidente Lula e até derrubara o segundo homem mais poderoso da República, o então Ministro-Chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Sendo assim o Senador Aloísio Mercadante se colocou candidato ao Governo Paulista contra José Serra e fez uma campanha que foi digna do candidato mas pouco observada pelo povo paulista, que sem sentir segurança na mudança que o PT propunha, deu a José Serra uma extremada vitória no 1º Turno, emitindo o claro aviso de que a derrota de Marta pra Prefeitura em 2004 e a de Mercadante pro Governo em 2006 representavam uma tendência anti-PT que os tucanos começavam a disseminar no estado.
Quatro anos se passaram e José Serra aprofundou todas as lacunas administrativas deixadas por Alckmin, além de abrir outras ao promover um desmonte de coisas funcionais criadas por seu antecessor e levar ao colapso, setores antes altamente respeitados pelo povo paulista, como as instiuições de Segurança Pública, a exemplo da Polícia Militar.
Caminhamos então para as eleições de 2010 sem nenhuma perspectiva de mudança, Alckmin galga quase 70% das intenções de voto, se candidato, mas no caso de ser Aloysio Nunes Ferreira o candidato, Serra correria os municípios com ele a tira colo e apelaria para o mesmo artifício de Lula com Dilma, a transferência de votos e de popularidade.
O povo paulista é cego ou gosta de sofrer pra manter o favoritismo imperial dos tucanos em São Paulo?
Não, o erro está na oposição, mais precisamente no PT, que ao se desviar como observou o Presidente, mostrou a população o contrário do que deveria expor, mostraram que ainda que ruins, os melhores candidatos estão do lado de lá, evidenciaram que a palavra mudança é bordão eleitoral e não ato governamental e por fim deixaram em São Paulo a pior amostra de Governo possível, Marta foi um fiasco monumental como Prefeita.
Reverter isto não será fácil e nem tão rápido, pois no cenário eleitoral do próximo ano como desenhado acima, o único candidato do PT capaz de perder a eleição em 2º lugar sem passar vergonha, é infelizmente, a desafortunada Marta Suplicy.
O que resta portanto é aguardar que ao término do mandato de Lula, com a eleição de Dilma, o Presidente possa voltar á São Paulo e colocar o PT estadual no rumo certo, trazendo a mudança que o Brasil experimentou, para o Estado de São Paulo, tão sedento e cansado de admnistrações essencialmente iguais, que já lhe renderam desgastes tantos e enormes perdas econômicas para a região Nordeste, por exemplo, que viveu e vive o milagre econômico levado por Lula e pelo PT.


Os Vices e a dança das cadeiras em 2010.

O ano de 2009 se fecha com um quadro eleitoral definido no plano nacional, naquilo que diz respeito aos candidatos que virão na cabeça das chapas, mas a dança agora é dos vices que terão de assumir Governos e mandatos dos candidatos e também daqueles que pretendem ser vice em chapa alheia.
Nacionalmente o único candidato a Presidente que tem vice definido em quase 90% é Marina Silva, que será acompanhada pelo dono da Natura, Guilherme Leal, numa chapa ambiental pela Presidência da República.
José Serra ainda sonha com a chapa puro-sangue entre ele e Aécio, mas o mineiro já avisou que está descartada esta possibilidade, Serra portanto receberá um vice do democratas, que tem 5 nomes passíveis de serem vice de Serra, dentre eles a Senadora ruralista, Katia Abreu do Tocantins ou o Deputado baiano, José Carlos Aleluia.
Dilma Rousseff depende do PMDB, que como acordado, indicará seu vice, podendo ser este o Presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer ou então numa reviravolta o próprio, por enquanto candidato a Presidente, Ciro Gomes, se caso Lula convence-lo de que Dilma sozinha põe um ponto final em Serra.
Mas o foco não é nem este, o plano nacional está praticamente fechado, os vices que participarão da dança das cadeiras são outros, são os Vice-Governadores, que em no máximo três meses passarão a ser Governadores ou então, candidatos ao cargo.
Em São Paulo, onde o Presidenciável José Serra, já se aquece para o pleito, o Vice-Governador Alberto Goldman que também sonha em concorrer ao cargo, passará a ser Governador e pra isso já começou a ser despachado por Serra, a ir em inaugurações, falar em nome do Governo, entregar obras, vistoriar trabalhos e visitar cidades do estado numa verdadeira maratona de treinamento antes deste assumir a cadeira em no máximo Março de 2010.
Já em Minas Gerais, o candidato ao Governo do Estado com o apoio do Governador Aécio Neves é justamente seu vice, Antonio Augusto Anastasia, que assim como Goldman em São Paulo percorre o estado em maratona, mas a diferença é que Anastasia vai acompanhado de Aécio pra que ganhe visibilidade e viabilidade eleitoral entre o povo mineiro.
No Paraná a situação não é diferente, o Governador Roberto Requião, se não for candidato a Presidência da Republica pelo PMDB, será candidato ao Senado e já escalou seu vice, Orlando Pessuti, para sucede-lo no Governo, muito embora enfrente o quase favoritismo de Osmar Dias do PDT que disputará acirradamente o Governo com o Prefeito Curitibano, Beto Richa do PSDB.
Em outro caso tragicômico, no Rio Grande do Sul, a Governadora Yeda Crusius do PSDB que enfrentou de manifestação de professores á porta de sua casa á pedido de impeachment por conta do escândalo do Detran, tem agora um problema colossal em suas mãos: como sair candidata a reeleição com outro vice e deixar a máquina do Governo na mão de Paulo Feijó do Democratas, seu atual vice, que lhe fez um inferno de Governo durante 4 anos e poderá tirar já sua pouca possibilidade de ser reeleita, pesando a mão poderosa da máquina pública contra sua candidatura já debilitada.
No Rio Grande do Norte o caso se assemelha ao Paraná, a Governadora Wilma de Faria do PSB declarou sua candidatura ao Senado e escalou seu vice Iberê Ferreira, do mesmo partido, para substituí-la no Governo, sendo ele o candidato governista que tem buscado apoios múltiplos na bancada daqueles que se encontram do lado oposto ao grupo do Senador José Agripino Maia do Democratas que disputará a vaga ao Senado com Wilma apoiando a também Senadora Rosalba Ciarlini ao Governo, que tem hoje no estado como uma das principais defensoras de seu nome, a Prefeita de Natal, Micarla de Souza do Partido Verde.
Já no Distrito Federal a comédia se repete, lá nenhum candidato ao Governo é mais popular do que os Panetones de Arruda, o jogo dos vices acontece inversamente, o Governador José Roberto Arruda permanecerá no cargo até o fim do Governo, já que está sem partido e não pode ser candidato, enquanto o Democratas bancará a candidatura do vice de Arruda, Paulo Octávio, ao Governo, numa manobra arriscada de manter o até então único Governo Democrata dentre os 27 estados brasileiros.
Assim, percebemos que os cargos de Vice, que são em sua maioria um cargo de "expectativa", podem se tornar um verdadeiro armário de possibilidades de protagonismo pra aqueles que se destacarem durante o período de Governo, dos que são titulares, ou como no caso do Distrito Federal, onde a expectativa foi tanta, que Arruda se "engasgou" com seus panetones e deu a candidatura de presente a Paulo Octávio.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

E abre alas, que 2010 vai passar...

A alegoria das eleições de 2010 estão vindo com tanta força, que nem mais a rede de blogs está dando conta de cobrir os fatos em tempo real, hoje eu mesmo falaria da inclusão da Venezuela no Mercosul, mas não deu tempo, 2010 pediu pra que eu falasse do mais novo e importante fato da eleição do ano que vem.

Abre alas, que 2010 vai passar...

O Governador de Minas Gerais, Aécio Neves do PSDB, travava até algumas horas atrás, uma disputa dentro do partido, para conseguir que tivesse seu nome lançado como candidato a Presidência da República em 2010 no lugar do Governador Paulista José Serra, mas no entanto hoje durante a manhã, Aécio esteve reunido com o Presidente da legenda no palácio do Governo Mineiro e declarou agora no período da tarde que é única e exclusivamente candidato ao Senado, com uma determinação e uma obrigação clara: eleger seu sucessor no Governo de Minas, sendo candidato em questão, o atual Vice-Governador, Antonio Anastasia.
A questão toda é que José Serra acabara de voltar de Copenhagen, na COP15, São Paulo está debaixo d'água e o paulista não tinha sequer de longe, pensado que Aécio declararia isso publicamente agora.
Porém nada disso é mais delicado do que as decisões que a já sacramentada candidatura obrigatória de José Serra, impõe ao próprio.
Á partir de agora Serra terá de enfrentar uma desconstrução da base aliada de seu governo na Assembléia Legislativa do Estado, uma agenda mais restrita ao governo e menos política, pra não sofrer acusações, terá de escolher e referendar quem o PSDB paulista lançará para o Governo e torcer pra que o tempo das bruxas que já lhe desabou o Rodoanel e derrubou uma viga do metrô, seja suspenso até o fim de Fevereiro, quando ele se desligará do Governo Paulista pra ser candidato a Presidência da República.
Pra pontuar as responsabilidades e expor a problemática das coisas que Serra tem em seu colo agora, vou falar detalhadamente de cada um dos desafios que citei acima e logo veremos que a vida de José Serra mais se complica do que se resolve com um anúncio forçado de seu nome para a Presidência.
A começar pela desconstrução de sua base aliada na Assembléia Legislativa paulista, que tem lhe garantido o apoio de partidos nacionalmente ligados a Lula e Dilma, como o PSB de Ciro Gomes, que em São Paulo apóia Serra e lhe garante parte dos 74 Deputados governistas em meio aos 94 Parlamentares paulistas.
Em seguida, Serra terá de lidar com a restrição de uma agenda que não dará a ele espaço pra inaugurações importantes do ponto de vista político, por conta de que cada passo seu, será visto como campanha sendo cada nova inauguração compreendidas como eleitoreiras com vistas no próximo ano.
Dentre estes no entanto, o maior desafio será decidir o grande impasse que já tem tirado de Serra as poucas horas que ele utiliza pra dormir: decidir entre seu Vice-Governador, Alberto Goldman, seu Sec. da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira ou seu Sec. de Desenvolvimento, o Ex-Governador, Geraldo Alckmin como candidatos a sua sucessão no Governo Paulista, isso se Kassab não sismar de ser candidato, com o apoio do PMDB de Quércia que apoiando o Demista ganharia a Prefeitura da principal capital brasileira sem nem fazer força.
O impasse é grande pois Goldman tem percorrido o estado em inaugurações de modo a se fortalecer politicamente mas ainda é pouco conhecido, Aloysio também tem percorrido o interior e o oeste paulista na busca de apoio, mas seu ponto fraco é ainda patinar nas pesquisas que não lhe ofertam mais do que 3% de intenção de votos, no entanto com Geraldo Alckmin o desafio é o contrário, o Ex-Governador desponta com uma intenção de votos na casa dos 60% mas enfrenta resistência da ala Serrista do PSDB que ainda o repele em função de sua candidatura imposta nas eleições muncipais contra Kassab, Kassab aliás que nas pesquisas seria o único nome capaz de arrastar Geraldo pra um virtual segundo turno, arrematando nada mais nada menos do que 40% das intenções de voto.
Por fim, Serra teria que contar com a bondade de São Pedro, pra parar as chuvas e deixar o paulistano ao menos se recompor dos danos causados pelas enchentes, e também com a solidariedade dos deuses para que o metrô não dê mais problemas, em especial a linha 4, a da cratera e também o Rodoanel que já se mostrara como potencial gerador de dores de cabeça incuráveis do ponto de vista eleitoral.
Reunindo tudo isso e mais a "paulistização" imperdoável do candidato presidencial do PSDB, que não escapará da vingança mineira nas urnas, Serra ainda corre o risco de ver Dilma lhe roubar a liderança em meados de Março e não ter para onde correr já que é obrigatóriamente o candidato tucano á Presidência.
Portanto, meus seletos leitores, este é o tipo de definição que mais bagunça do que acerta, é o tipo de presente de Natal que nem José Sarney merece, mas que Aécio embrulhou com carinho e muita mágoa pra José Serra.

"E abre alas, que eu quero passar..."

formspring.me

Perguntem-me o que quiserem através do: http://formspring.me/andrelgfilho

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A COP 15 e os Presidenciáveis.

Temos acompanhado na mídia falada, escrita, televisionada e a mais recente mídia, a "twittada", o desenrolar da Conferência Climática de Copenhagen na Dinamarca, promovida pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de se rediscutir o Protocolo de Kyoto, rever as metas de emissão de gases poluentes de cada país e reestabelecer um novo acordo bilateral entre as nações, sem desconsiderar Kyoto.
Para o Brasil que fixou meta voluntária de redução de gases poluentes, na monta de 36,1 á 38,9% , Copenhagen guardou lugar de destaque, onde nossa delegação pôde interagir com as demais delegações internacionais com muita altivez e influência.
Combater a tentativa obscura das potências de boicotarem um acordo, bem como sustentar a Conferência, que debaixo das pressões dos diversos setores, teve inclusive seu comando trocado na reta final,s
e fez um desafio para todos os emergentes e em desenvolvimento presentes na COP 15,dentre estes o Brasil. Nossa delegação que foi enviada á Dinamarca para discutir o acordo, foi composta oficialmente pela Ministra Dilma Rousseff e pelos Ministros Carlos Minc e Celso Amorim, da Casa Civil, do Meio Ambiente e das Relações Exteriores respectivamente.
Pra além da delegação oficial, compareceram também, diversos Governadores, como o Governador Paulista, José Serra e o Governador Acreano, Binho Marques bem como Senadores de diversos estados, dentre eles Marina Silva do Acre, militante da causa ambiental e Katia Abreu do Tocantins, componente da bancada ruralista do Senado e defensora dos direitos dos agricultores e pecuaristas do Brasil.
Cada um dos presentes, foram defender diferentes pontos de vista e participar dos debates que levariam a um novo acordo, com novos paradigmas e metas a serem cumpridas, mas somente isso?
Pra alguns sim, para outros nem tanto.
Acima, alinhavei o nome de três já candidatos a Presidência da República Brasileira em 2010, sendo estes Dilma Rouseff, José Serra e Marina Silva, que voluntária ou involuntariamente fizeram de Copenhagen um ensaio de palanque eleitoral para a eleição próxima.
Dilma Rousseff fora escolhida pelo Presidente Lula, seu padrinho e fiador político em 2010, como titular da delegação brasileira, que juntamente com Carlos Minc conduziriam e apresentariam a posição brasileira frente a COP 15, frente aos demais países e frente a cobrança ambiental em discussão, Dilma então começou a fazer em nome da função lhe dada pelo Presidente um ensaio de como seria um debate, um discurso e uma campanha eleitoral, cometeu certas gafes, virou algumas noites discutindo com ministros estrangeiros um acordo e concedeu inúmeras entrevistas coletivas.
José Serra, Governador do mais rico estado brasileiro, compareceu a COP 15 com a promessa de contribuir pro debate e mostrar iniciativas ambientais colocadas em São Paulo como alternativas para outros estados mundiais, com vistas nisto encontrou-se com o Governador da Califórnia, Arnold
Schwarzenegger e fez coro com Marina Silva, quando a Senadora entoou que o Brasil deveria empenhar 1 Bilhão de dólares para o Fundo Internacional Contra as Mudanças Climáticas, ao qual Dilma se opôs como titular da delegação brasileira.
Marina Silva, como Senadora que tem em suas bandeiras políticas o Meio Ambiente, também embarcou para Copenhagen e lá se utilizou dos conhecimentos que adquiriu nos 7 anos como Ministra do Meio Ambiente no Governo Lula pra debater e colocar o que pensava, dentre suas ideias está a contribuição de 1 Bilhão para o
Fundo Internacional Contra as Mudanças Climáticas e metas de redução de emissão de gases poluentes ainda mais ousadas.
Como se pode perceber, os três candidatos colocaram diferentes posicionamentos e mostraram ter visões diferentes frente a questão climática.
Dilma Rousseff coloca como indicador dos limites das metas de redução e do investimento no tal
Fundo Internacional Contra as Mudanças Climáticas, a Economia, seu crescimento e a geração de empregos frente a possibilidade de obrigar a produção a pisar no freio pra reduzir emissões e tudo mais.
Esboça ainda preocupação quanto ao investimento no
Fundo Internacional Contra as Mudanças Climáticas por conta de que outros países estão ofertando valores na cifra de 500 Bilhões de dólares, levando em consideração que embora 1 Bilhão de dólares por parte do Brasil,seja um nada frente aos países desenvolvidos, para a população brasileira este valor, fará muita falta.
José Serra, levantou voo pra COP 15, deixando pra trás a capital paulista ainda fragilizada com a mais cruel enchente dos últimos 5 anos e problemas nas obras do Metrô, onde desabou uma viga, que matou um operário, lá na Dinamarca, Serra propagandeou feitos ambientais e citou por exemplo a legislação de redução de emissão de gases e o projeto várzeas do Tietê, que prevê um parque linear de 75 km sendo então o maior do mundo em extensão, quando lhe foi conveniente fez coro com Marina Silva e se encontrou com Governadores e representantes de ONG's com toda a desenvoltura.
Marina Silva no entanto esboçou um radicalismo pra lá de ameaçador e colocou o anseio da proteção ambiental como um limitador do crescimento, da produção e da geração de empregos, indo na contramão daquilo que as nações buscam em Copenhagen, conciliar a Produção com um Meio Ambiente mais saudável.
Pregou o empenho de 1 Bilhão, reduções ainda mais ousadas e criticou duramente a delegação do Brasil, causando um mal estar e um constrangimento do qual o Brasil não precisava num momento de extrema importância e protagonismo no cenário de relações exteriores, no fim, mais fez barulho do que ajudou o debate.
No entanto foi válido ver, quais são as linhas dos presidenciáveis frente aos paradigmas atuais como o aquecimento global e já sentir qual será o tom da disputa eleitoral de 2010, mas no entanto é de lamentarmos muito que Marina Silva fale deste 1 Bilhão como se ele fosse resolver os problemas climáticos.
Se o problema do clima fosse dinheiro,poderíamos fechar COP 15 com a garantia da sobrevivência humana, mas são atos e não moedas que decidirão futuro das sociedades mundiais, além disso o 1 Bilhão do qual Marina Silva tanto fala,é como se cometêssemos um pecado, fizéssemos a confissão e depois voltássemos pra casa a pecar, é como se fosse comprar um perdão que não está a venda e que pode custar mais caro ainda se acharmos erroneamente mais uma vez, que a discussão ambiental é mais mercadológica do que social.

Comunicação Inadiável aos meus seletos leitores.

Com o término de 2009, acabaram-se em mim também algumas momentâneas sensações que vinham trilhando um caminho conjunto com a minha vida, portanto este Blog foi meu grande companheiro nos momentos em que eu falar precisava dos meus mais distintos momentos, tão quão particulares são eles.
Vocês, meus seletos leitores já devem ter esbarrado vez ou outra com textos políticos no meio de tudo o que escrevi e esse é o motivo da minha comunicação inadiável, 2010 é um ano eleitoral e o Brasil discutirá a política, suas nuances e o projeto de país que temos e queremos e então quero fazer deste Blog um espaço pra que vocês continuem visitando e conhecendo o meu jeito de pensar, de reagir e de fazer, política.

Está aberta a temporada política deste Blog!

André Luiz Gomes Filho

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Começo,meio e pausa.

Em Parceria com Gabi Pasquale (Confessions About Me)



Eu fui ao shopping pra ver se encontrava gente nova, pra poder andar um pouco e esquecer dos meus problemas, dos meus desapegos e me livrar do tédio que me engolia em casa. Andei pela praça de alimentação e nada, sentei em um banco qualquer, e como sempre, comecei a refletir sobre a vida. E de banco solitário eu entendo, posso falar bem deste assunto. É aquela coisa: alguns têm certas coisas na vida com uma facilidade tremenda, coisa que não aconteceu comigo, ainda mais na parte sentimental, mas sempre fui perseverante sabe? Não vale a pena esquecer da caminhada que a gente já teve e do pedação que ainda falta caminhar, a gente aprende tanta coisa e cresce mais a cada tombo. Eu até brinco comigo mesmo quando entro em novos becos: "Sou como massa de bolo, quanto mais apanho, mais cresço.”
Vi muita gente crescer, mas posso dizer que cresci o suficiente para encarar um relacionamento mais sério. Dois anos foram perdidos naquela história de decepção, mas ao menos eu cresci o que muita gente demora pra crescer em 20 anos. Perceber isso pra mim é como uma recompensa, por tudo o que eu me arrastei neste tempo todo,sabe. Talvez seja por isso que me fiz mais firme em cada uma das palavras que proferi desde que comecei a viver nestes dias turbulentos, mas a esperança ainda reina, a vida está cheia de surpresas pra mim ainda, os astros me dizem isso...
Tudo bem, confesso, que às vezes cheguei a duvidar deles e até de mim mesmo.
Quem na vida nunca duvidou de si mesmo? Ao menos uma vez na vida todo mundo fez isso, eu já fiz, não tenho medo de me assumir. Mas é aquela velha história: "depois da tempestade sempre vem a calmaria." E tem mais, no momento deixo o tempo me levar e sigo a vida com naturalidade.
É verdade também que já me lancei mão de estudos ocultistas, herméticos e astrológicos, mas a causa sempre foi nobre, a busca era sempre por um motivo especial e este motivo é a minha felicidade. Não que eu pense que a vida seja um cassino onde se apostam as fichas e espera-se um bom resultado ao bel prazer do destino, somos os atores principais e também os roteiristas da nossa biografia.
Biografia essa que é repleta de histórias. É como digo: "outros roteiros, outros temas, e até mesmo outra trilha sonora; mas o personagem principal é o único que quase se mantém o mesmo." Já que entrei no assunto posso dizer que mudei muito e confesso também que um lado meu deseja deixar a vida levar por si só sem a intervenção Divina ou de qualquer coisa, mas há em certos casos que só Deus salva mesmo. Muito embora eu tenha a consciência disso, nunca quis me prender a religiões ou crenças, sempre tive comigo uma sensação majoritária, um sentimento de pleno esclarecimento de mim, das coisas em que acredito e por isso me mantenho fora do debate restrito, fechado em dogmas ou em doutrinas, com todas as pancadas eu aprendi que a vida é mais bela, mais proveitosa, e que sempre há uma felicidade pra cada um que habita a Terra.
E tem mais, a gente não pode perder a esperança por mais complicado que as coisas sejam. Às vezes penso que viemos ao mundo e estamos constantemente sendo colocados a provas. Nem sempre tiro 10 de imediato; e é por isso que chego comparar com o fato de ter aprendido a andar de bicicleta um dia. Levei muitos tombos até aprender de fato, e nunca mais esqueci e é exatamente neste ponto que faço a intersecção com o que penso sobre as missões das nossas vidas, tenho a convicção de que cada um tem a sua e eu apesar de não saber quero poder realizar a minha com toda a minúcia, pra o dia em que eu tiver construído tijolo por tijolo tudo o que me fora reservado, eu possa olhar pra minha caminhada e dizer que estava certo em todas as vezes que resisti falando e falei resistindo.
A grande questão,é que deve ser muito gostoso chegar ao ponto que deseja, na tal da felicidade plena, e ver que tudo que foi sofrido passou. O que importa, na realidade, é não se amargurar e não deixar que sentimentos belos virarem coisas desprezíveis.
Por um momento senti que eu havia saído fora de mim, tive a impressão até de que estava pensando em voz alta, mas foi só uma impressão, na verdade o meu celular estava tocando freneticamente e eu estava ali filosofando pro nada.
Filosofando e tentando imaginar, tentando relembrar como que fui um dia. Há gente que disfarça as coisas com músicas, já eu disfarço com palavras. E sabe de uma coisa, confesso que senti, por uns momentos que outra pessoa tomava conta da minha vida e que o original de mim tinha fugido, escapado, via e vivia a vida num banco de um cinema qualquer sem o mínimo direito de mudar a história.
Sai então da passividade, dei um up na minha vida, até porque gente em movimento,movimenta e gente parada atrasa o caminho todo e tudo o que eu menos queria era ficar pra trás, logo eu que sempre quis sair na frente. Como num gesto de reafirmar a minha posição de retomar as rédeas da minha vida, desliguei o celular, aquele momento era só meu e estava fechado pra quem quer que fosse.
Assim, resolvi andar pelas ruas como quem não quer nada. Decidi que só voltaria pra casa quando certas coisas fossem respondidas, virei umas esquinas e desisti dessas vontades, mas resolvi deixar as coisas acontecerem. Alguns amigos passavam, alguns passantes notavam minha distração, mas nem liguei, aquele momento era meu. Eu estava off-line do mundo...
Aliás, decidi aproveitar essa minha conexão direta com meu eu, sem nenhum atravessador pra me dizer mais quanto tempo eu tinha comigo mesmo, pra colocar em dia velha dúvidas que tinha sobre mim e sobre as coisas que fazia. O mais bonito foi perceber que todas as minhas dúvidas sempre foram revestidas de compaixão e cuidado por mim e pelos que me rodeavam.
Sorri sozinho como alguém que descobre a vida quando já não há mais luz. Parecia um recém nascido recebendo a vida, tendo a oportunidade de tê-la.
Pra comemorar, sentei em uma cafeteria, pedi um café e fiquei observando as pessoas. Continuei a pensar e cheguei à conclusão que "ter bondade é ter coragem", como já disse Renato Russo na sua música "Há tempos". E sabe do mais, tenho coragem, e digo sempre: "enquanto tiver ar é sinal de que dá pra continuar." Mas espera, se o ar acabar, o que faço?
Então sorri sozinho sem nenhum compromisso, sem nenhum peso até porque já dizia Shakespeare "Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?” Dalí em diante proclamei erguendo a minha fumegante xícara de café que eu seria feliz a qualquer preço. Claro que passar em cima das pessoas não combina comigo, mas é aquela história: “regue bem seu jardim pra que as borboletas voltem, elas são livres e precisam de tal liberdade pra voltar.” E apesar de ter custado pra aprender isso finalmente aprendi, antigamente sim, eu achava bonito ser mão de ferro, achava ideal ser autoritário, pra ter talvez a falsa sensação de respeito, mas foi aí que descobri que mais importante do que a construção externa,é a construção interna que mais nos importa e no final das contas eu só queria ser feliz e não me tornar um monstro.
Quase me tornei um ser desprezível, só que a vida me recompensou com uma segunda chance, e eu a peguei com todas as minhas forças. Até porque a sorte nunca bate na mesma porta duas vezes e oportunidade é espécie em extinção num mundo onde ninguém quer saber de ninguém e insisto em ir à contramão, já que eu não sou de plástico.
Sou ser humano, sou ser vital, não quero estadia temporária na vida das pessoas. Preciso de portos seguros, a quem confiar; mas também, não quero ficar pra semente, já falei da missão né? Então quero fazer a minha parte, ser feliz com quem quer ser feliz comigo e caminhar com quem está disposto a vir comigo nesta grande aventura intitulada vida, afinal de contas sendo eu mesmo, sei que só estarei aqui desta vez, desta única vez e ninguém pode me substituir.
Até as pessoas com o mesmo nome que eu não podem me substituir. Sou único. Cada um é único e exclusivo por si só e como já traz o famoso Pequeno Príncipe, somos responsáveis por aquilo que cativamos,dessa forma,mesmo podendo existir na face da Terra milhões de homônimos meus, eu sou eu e jacaré é um bicho,afinal de contas, pra ser autenticamente eu, só eu mesmo sei por tudo o que já passei e quer saber? Se eu disser que não valeu à pena, vou me consolidar como um grande mentiroso e isso também só iria servir pra provar que igual a mim, só eu mesmo.
Sou eu mesmo com meus sonhos, minhas vontades, meu mundo. Crio um mundo a cada dia, fico onde quero quando quero, e cada dia renovo minha casa interior; que aliás é meu porto seguro, o meu castelo encantado, o reino onde eu mando e desmando a hora que quero e onde posso me contradizer sem ser cobrado e por favor, desce mais um café com pouco açúcar. Às vezes gosto de sentir o amargo do café pra me sentir completamente vivo. Só que nessa casa, nesse castelo, por vezes a razão briga diretamente com a emoção e sabe o que eu faço? Debocho deles, porque vivo de extremos, mas calma, não sou terrorista, o meu terror é o humor e o humor é o meu sossego e isso porque o meu desassossego é o meu desapego e o meu desapego é o meu amor e o meu amor é quem quiser me amar, sem precisar de nome,telefone ou qualquer benesse tola que a humanidade tenha inventado.
Sou do tipo antigo, adoro cartas, ser lembrado a qualquer instante. Sou um eterno apaixonado, um sofredor apaixonado que sonha em ter alguém me esperando quando chegar em casa.
Vim de um tempo em que família era coisa séria, da mais alta santidade, de um tempo em que escola era quase santuário e de que a sociedade era coisa mais admirável das nossas vidas, bem como os rapazes cortejavam as moças com tanto respeito que quer era lindo, sentar ao pé da escada do colégio e assistir a tão belas serenatas que aconteciam às sextas-feiras, intituladas pelos rapazes como o dia semanal dos apaixonados.
Ah! Como eu amava esses dias, não era um apaixonado ainda, mas gostava de observar os outros fazerem isso. E na verdade, o que um dia não fiz por vergonha ou por qualquer coisa do tipo, hoje quero fazer para minha senhora, minha dona, ou o que você preferir chamar. Isso porque sempre fui dos mais observadores, idealistas. Imaginava que o dia em que fosse fazer a minha tão planejada serenata; seria para as mais belas das moças, pra mais doces das garotas, pra mais firme das mulheres, pra aquela que fosse digna de ser a minha dona, mas a vida é generosa e eu a recebi quando simplesmente tinha aposentado o meu bodoque, não por acaso eu a cortejei como o mais apaixonado dos apaixonados daquele colégio de malucos...
E depois de tantos foras, tantas vezes desprezado nessa sociedade materialista em que vivo, ainda procuro minha senhora. Depois de ter sofrido demais, depois de tanta coisa, mudei sim, mas mudei pra melhor, minha essência continua a mesma porque o que levamos dessa vida são memórias, mas não se pode esquecer de onde se veio, as raízes são o que há de mais importante na firmeza das palavras, na confiabilidade dos nossos compromissos e na credibilidade dos nossos atos, pois assim no fim das contas o que resta é brindar a vida e todas as buscas que fizemos, independente de ter obtido respostas ou não.
Na verdade sempre obtemos respostas, algumas ruins, de fato. Mas são essas ruins que permitem o tal do crescimento. E a vida, quer saber do mais! É vista por cada um de um modo diferente, tudo está no modo que cada um enxerga as coisas.
Que alívio, resolvi voltar pra casa. Já era tarde, e eu já tinha acertado boa parte das minhas contas pessoais, descobri em mim o meu maior entusiasta, o meu maior artista, o maior roteirista da minha vida.
Começo, meio e pausa. Essa história não tem fim, ela está só no aguardo do pressionar do botão "play" naquele controle remoto localizado dentro de mim.
Pra perceber que em mim, ainda bate aquele coração moleque, danado e faceiro que você conheceu um dia...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

As novas mídias determinam as vidas humanas?

As novas mídias nos Brasil possuem problemas que não dizem respeito a sua estrutura física ou tecnológica, mas que extrapolam o grau aceitável de subjetividade e o nível essencial de “manipulação” da informação.
É interessante colocarmos que nosso país viveu e ainda vive uma sucessão de mídias predominantes, que em períodos distintos ocuparam alto grau de relevância na opinião pública, tal qual as mídias faladas, escritas e hoje massificadamente as televisionadas, ditando tendências, costumes e ideologias.
Todas as mídias citadas possuíram e possuem ampla ligação com os períodos históricos do país,tendo sido o rádio o precursor da massificação da informação,tendo como seu complemento os jornais e folhetins,despontando hoje no horizonte também,a televisão como o maior meio de comunicação da atualidade bem como a Internet que também traz em sua funcionalidade o poder de informar ainda mais pessoas ao mesmo tempo.
Assim levando-se em conta a citação histórica, é extremamente importante transmitir ao telespectador uma informação que desde sempre fora dele ocultado, a política das telecomunicações no Brasil.
Na década de 1960, mais precisamente em 1964, o Brasil viveu um duro Golpe Militar, que torturou militantes políticos e censurou a liberdade de expressão das pessoas, da sociedade e da mídia.
Nebulosamente, naquele período, o sistema televisionado brasileiro, que é uma concessão pública concedida pelo Governo ás empresas de Comunicação, fora licitado em meio a um regime de extremo autoritarismo, sendo entregue então a um só grupo do ramo das comunicações 75% de tudo o que se transmitiria daquele dia em diante em todas as televisões do país.
Nascia então as Organizações Globo, que contemplavam uma ampla cadeia de rádio e também o gordo monopólio televisivo que lhe fora concedido pelo Regime Militar em silêncio e no escuro.
Num período em que poucos tinham o direito de falar, iniciou-se então as operações da mais nova formadora de opinião do país,consolidando-se através de seu grande monopólio,como a principal emissora de televisão do país,segundo o IBOPE.
Porém,com a entrada da Internet e a popularização de seu uso na década de 1990,parte deste grande império comunicador sofreu seu primeiro abalo desde sua nobre criação.
Através de Blogs e sites de cunho jornalístico, deu-se o início de uma concorrência ferrenha e pouco preocupada com a imensa fatia da concessão pública de Televisão, possuída pelos impérios “Globo”.
A Internet assumiu então, um papel extremamente reconhecido e aprovado pelos telespectadores, por ser amplamente livre no que diz respeito á informação e por colocar o internauta como o tomador de decisão quanto aquilo que ele quer em sua tela, no entanto a Internet também é uma concessão pública e encontrou em seus mais críticos internautas um meio de questionar o monopólio da televisão no Brasil e os intrínsecos laços das Organizações Globo e da Rede Globo de Televisão com a Ditadura Militar e seus líderes,tendo sido esta fortalecida graças á mutualidade com que vivem hoje os Impérios Globo e alguns grupos políticos do país.
No entanto,ao contrário do ano de 1964, o Brasil tem um importante fato a comemorar no ano de 2009,pois desde que licitou-se a Concessão Pública de Rádio e Televisão no país,pede-se então ineditamente, a 1º Conferência Nacional de Comunicação,que conclama a Sociedade,os Governos e os Meios de Comunicação a debater o estilo de comunicação que queremos e a quebra do monopólio da informação no país,que durante décadas,rendeu rios de dinheiro á poucos e favoreceu alguns grupos políticos,protelando ao país um período de extraordinário crescimento,diminuição da desigualdade social e invejável posição de prestígio internacional,tal qual vivemos agora.
Portanto as novas mídias influenciaram e influenciam sim,na condução da vida das pessoas,mas num gesto de amadurecimento da nossa democracia que em 2010 completará 25 anos de existência nata,poderemos então enquanto sociedade,virar o jogo e guiar para novos caminhos as novas mídias e a comunicação social no Brasil,colocando a informação á serviço de todo o povo brasileiro.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Do Mau Estilo

Todo o bem, todo o mal que eles te dizem, nada
Seria, se soubessem expressá-lo...
O ataque de uma borboleta agrada
Mais que todos os beijos de um cavalo.




Mário Quintana

DA PAZ INTERIOR

O sossego interior, se queres atingi-lo,
Não deixes coisa alguma incompleta ou adiada.
Não há nada que dê um sono mais tranqüilo
Que uma vingança bem executada...



Mário Quintana

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Abra a Janela Quando Todas as Pessoas a Fecharem.

Certo dia olhei para a rua através da janela do meu quarto,aquela mesma janela onde várias vezes eu dei gargalhadas mas também chorei,a mesmissima janela por onde eu joguei versos de poesia ao vento e onde por vezes contemplei toda a dor dos meus desamores.
Neste dia tudo foi diferente,olhei pra muito mais além de tudo o que eu já havia visto por alí,não estava mais filosofando sobre o mundo,nem criando discursos novos sobre uma mesma coisa,não estava a admirar o movimento dos carros sempre iguais e muito menos procurando cores novas ou nuvens de diferentes formatos no céu.
A ocasião era diferente,num dia em que todos fechavam a janela,eu era o único de toda a vizinhança que a abria,eu queria ver o mundo quando todos se fechavam para ele,eu queria coisas novas,como se a janela fosse um portal pra outro mundo,um mundo onde as coisas são completamente diferentes.
Ao abrir a janela,percebi que chovia muito e que não era uma chuva boba,de dez minutos,e nem fina feito garoa que sopra ao nosso rosto goticulas de agua semelhantes ao tamanho da gentileza das pessoas hoje em dia,minúsculas.
Neste exato momento senti que a parte elétrica do meu organismo se manifestou,entendi o propósito da minha ação,a ocasião me pedia uma reflexão sobre as pessoas.
O ato de abrir a janela num dia em que todas as pessoas a fecham foi apenas um pretexto que as coisas encontraram pra me trazer aquele recado um tanto estranho,o recado era que eu precisava enxergar algo que todos poderiam ver através da janela,mas que por fecharem-na habitualmente sempre pelas mesmas causas,não viam.
Numa breve associação um tanto estranha e pouco comum,me veio na mente uma comparação do meu ato com a janela em relação aos atos das pessoas com as pessoas,eu senti algo,algo a me soprar ao pé do ouvido que o nome disso era "segunda chance".
Pensei então que estava delirando,ora essa,desde quando abrir a janela em um dia de chuva,quando o silêncio reina em casa e você sente algo inusitado é segunda chance?
Como num tranco me veio a resposta,dei uma segunda chance aos meus olhos,eu me dei uma segunda chance de ver o que ninguém via,uma segunda chance de aprender mais.
Em segundos vi um flash de um momento do meu dia,quando na escola eu conversava com uma das minhas professoras prediletas,a qual alguns disseram ter ido embora da escola,falava a ela sobre a falta que faria se fosse embora dalí e do temor que eu tinha disso,me lembrei que um semestre antes de ter aulas com ela,ouvia os alunos dizerem que ela era um problema,que não era uma boa professora,mas nunca dei bola,sempre acreditei numa segunda chance e foi nisso que segui pensando em toda a minha caminhada até em casa.
Quando recai em mim,estava eu com uma sensação de ter caminhado até aquele momento outra vez e voltado a mim como um mergulhador que retorna a água num mergulho,dentro do meu quarto,de frente pra minha janela,pra perceber tão simplesmente que quando eu me peguei dizendo a professora o tamanho de sua importância,eu fazia algo diferente do que todas as outras pessoas,eu lhe dava um segunda chance,eu abria-lhe a janela ,quando todos os outros a fechavam.
Percebi que a chuva ficou mais forte ainda,que as gotas ficaram maiores e senti que na segunda chance que dei,aumentei o grau e o tamanho da minha generosidade,ela já não era tão pequena e medíocre quanto as goticulas de uma humilde garoa,ela fizera uma diferença tão grande,que descobri no simples ato de abrir a janela em meio a chuva,o quão importante é dar uma segunda chance pra quem espera que você feche-lhe a janela igualmente a todos os outros quando a tempestade te desafia a desistir.

sábado, 29 de agosto de 2009

A Economia Ambientalista - O Mundo Unido Nesta Causa.

Esta semana,por inúmero fatos e situações,venho construindo um pensamento que quero dividir com meus poucos,mas presentes leitores,pois é algo que não se passa em nossa cabeça rotineiramente.

Depois de ter me iniciado nas questões do Meio Ambiente,adiquiri um novo olhar sobre as coisas,sobre as pessoas,sobre as paisagens,sobre a comunicação,sobre a sociedade,enfim,sobre tudo como um todo.
Neste contexto,começei a fazer análises que podem ser particionadas,mas que se unidas formam um quebra-cabeça chamado futuro.
Dentre cada um dos pensamentos que fazem parte desta grande teia da vida,fiz análises filosóficas,sociológicas,psicológicas,históricas e por fim econômicas de tudo o que a questão ambiental tem me trazido,em especial,quando fiz a análise econômica,me preocupei em ponderar que os setores da nossa economia,temem mudanças no setor de regulação financeira e alteração da dinâmica do mercado por estarem solidamente presos a socidade do lucro pelo lucro e nada mais.
Neste ponto da grande questão ambiental,e quando digo grande imanginem algo grandioso ao ponto de abranger tudo,todas as causas,cheguei a um ponto pelo qual me interesssei e resolvi escreve sobre e o ponto é o seguinte: A sociedade pede e caminha para uma mudança que vai marcar a história.
Percebam e acompanhem pelos noticiários locais,nacionais e da internet,a quantidade de informações ambientais disponíves,percebam a quantidade de movimentos,o tamanho da mobilização, aliás crescente a cada dia.
Em cada parte do nosso planeta,as pessoas tem buscado ações,onde se deseja a mudança pró-verde,onde os entusiastas são sempre os dependentes dessa nova atitude,os homens.
Analisando por esta linha,eu recordei fatos históricos e percebi que essas manifestações ainda silênciosas já fazem barulho,a civilização passou por guerras,queda e ascenção de impérios,conflitos,disputas e reflexões,teorizações,de como dominar a Terra,de como explora-la e de como se apoderar do poder pra fazer fente aos demais nesta nossa sociedade,mas nunca,e vejam que nunca mesmo,a causa ambiental foi colocada em questão,nunca esteve em pauta.
Por estes tempos,o grupo Detonautas gravou uma musica,onde eles dizem:
"Escute o meu silêncio" e para mim é exatamente isso que a cada dia,um a um,cidadão por cidadão,tem feito,sinto verdadeiramente que a cada dia pelo menos uma pessoa se desperta para esta questão,as janelas estão abertas e as pessoas podem se apoderar deste conhecimento de causa,simplesmente quando quiserem.
O silêncio se tornou uma das maiores armas da humanidade na queda e na mudança dos detentores do poder e comandantes dos sistemas dominadores,a arma número um para que a questão ambiental seja o tema norteador da pauta das questões deste século,mas sobretudo pelo fato de que o silêncio simboliza a ruptura com a simples teorização discursiva das causas e caracteriza uma mudança coletiva,de ação,pensamento e mobilização.
Depois de discorrer sobre as questões acima,cheguei no ponto chave de toda a minha reflexão,o mundo conheceu o mercantilismo,o socialismo,o capitalismo e agora,caros leitores,agora,o mundo quer algo que ainda há de se descobrir o nome,o mundo pede pelo Ambientalismo puro e pleno,real e ativo,coletivo e democrático,por todos e em favor de todos,onde é um por todos e todos por um,literalmente.
Percebi,que estas mobilizações silenciosas são o caminho para a grande quebra da humanidade com este sistema falho do capitalismo desenfreado,do lucro pelo lucro e da alienação pela manutenção dos grandes impérios.
Penso que se o mundo se unir em uma grande rede,se organizar e definitivamente fazer apenas o barulho da ruptura com estes valores velhos do século passado,a nossa chance de exito é muito grande,é a nossa chance,de implantar o Sistema Ambientalista e Sustentável de produção,onde tudo terá seu equilíbrio e o mais importante,onde o homem colocará antes a preservação e a sustentabilidade,como fator determinante na obtenção e na qualidade do lucro.
A nossa civilização tem a chance nas mãos e eu espero verdadeiramente que mais e mais pessoas estejam dispertando para "o sol da liberdade" pra não deixemos escapar esta grande e única oportunidade que a vida e o Meio Ambiente está nos dando,para mudar e mudar pra valer.

Encerro este texto deixando mais um trecho da Música - O inferno são os outros - do Detonautas,para que você leitor reflita o que este grande sistema alienante fez conosco e com a nossa casa,o planeta Terra,temos culpa no cartório sim,mas nós temos a chance de sermos protagonistas destas mudanças históricas,para garantir que haverá um futuro onde poderá ser escrita cada página desta nossa luta pra mudar e pra melhor a nossa história.

"Do que adiantaria,essa tua ideologia,se tua própria liberdade se transformasse em opressão?"

Espero que este texto toque a cada um dos que lerem,estou engajado nesta luta e vou me sentir estimulado,se conseguir não marchar sozinho.

André Luiz Gomes Filho.

sábado, 15 de agosto de 2009

Por que eu falo tanto de Suzano? Vejamos.

Confio muito em Suzano,esta cidade abriu as protas quando meu pai mais precisou e tudo o que temos devemos a ela e a seu povo,portanto temos uma divida de gratidão com a cidade.
Apenas penso,e este foi o fato que me motivou a postar textos e textos sobre o municipio,que Suzano merece um terceiro projeto político,que não seja petista e nem democrata,aliás que seja verde.
Um projeto político que proponha uma nova atitude e que não seja fruto de brigas históricas,que desenvolva todo o potencial que a cidade possui,fazendo justiça social com cada um dos seus cidadãos.
Escrevo sempre sobre a cidade porque defendo um projeto político que tenha mais a ver com Suzano do que Suzano imagina e enquanto eu puder,vou teimar que pensando assim eu estou certo e posso mudar algo,eu vou teimar.

De qualquer modo eu fico muito feliz com o crescimento da cidade,Suzano será cada dia mais forte na medida em que mais e mais pessoas passarem a confiar e botar fé no futuro dela.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pra Suzano Refletir.

Hoje caros leitores,vamos falar mais uma vez da minha cidade,Suzano.
Mesmo sendo contra a minha vontade,é mais uma situação depreciativa que venho contar aqui.

Ontem o Deputado Estadual do Democratas de Suzano,Estevam Galvão de Olvieira, esteve com Laura Laganá, Diretora do Centro Paula Souza,Vereadores do PTB-DEM-PRTB-PPS,que são oposição na cidade ao Governo Petista de Marcelo Candido e Empresários do ramo industrial no município como a Gyotoku,por exemplo.
Juntamente com a Diretora da escola Técnica Estadual de Suzano,Sonia Toshico Yamashita de Campos Lima,discutiram obras de manutenção,ampliação do prédio e implantação de mais seis novos cursos no local,por ironia do destino sou um dos alunos de lá e coincidentemente Presidente do Grêmio Estaduantil desta escola.

Fiquei muito contente quando vi a notícia no jornal e recebi um email da diretora da escola sobre as decisões da Diretoria do Centro Paula Souza em relação a nossa escola,são conquistas os novos cursos e as reformas.

Muito bem,a Prefeitura,sua Secretaria de Comunicação Social e demais Secretrias parecem ter se sentido diminuídos frente a esta inciativa do Deputado Estevam e dos Vereadores da oposição em pleitear com Laura Laganá mais progresso para a escola.

Hoje lamentavelmente ao abrir o jornal municipal do qual sou assinante,o Diário de Suzano,me deparei com uma nota ríspida e agressiva da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura.
Tratou de remastigar situações que pensávamos nós munícipes ter resolvido nas urnas em Outubro passado,quando depois de 20 anos votando 25,votamos 13.
Desqualificou a reunião,tratou de classificar como incompetente o Deputado e de mal informada a Diretora do Centro Paula Souza,fiquei muito preocupado,um vez que Estevam é o representante do Governo do Estado em Suzano e que Laura Laganá é a provedora da nossa Etec.

Depois de quase um ano dentro da escola,posso falar com propriedade de seus problemas e gostaria de tornar público através deste texto que os novos cursos e as reformas são mais do que necessárias e a muito esperadas por nós alunos,tornar publico que a Prefeitura deve respeitar o progresso de cada uma das instituições de ensino da cidade,seja este progresso vindo da mão de quem vier.

Logo após o episódio,me recolhi em reflexão,pois Suzano é grande,é de potencial,tem tanta coisa e merece mais tanta coisa que percebi que se juntos,nem a oposição e nem o atual governo são capazes de fazer de Suzano tudo o que ela pode ser,o que dirá separados,em discórdia e em uma eterna disputa eleitoral como vivem.

É preciso respeitar os avanços,venham eles pelas mãos de quem vier,porque já diz o hino da nossa cidade:

"(...)somos seus filhos felizes
lutamos em busca da paz. Avante! Avante Suzano!"

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A Sociedade Brasileira em Crise.

Não é novidade para ninguém , nem tampouco para mim, a crise institucional pela qual o país vem passando.
Ao contrário do que se pensa, isso não tem absolutamente nenhuma ligação com a parte financeira, na verdade pode existir um vínculo, mas brevemente eu mostrarei que este vínculo se torna muito mais moral do que financeiro com a questão de valores monetários.
Hoje o Brasil possui uma formatação de estado institucional democrático não mais do que vergonhosa, a todo dia nós somos obrigados a assistir pela televisão coisas absurdas como o fretamento de jatinhos para Senadores e compania com dinheiro do Senado, ou melhor, nosso,Ministros como Gilmar Mendes , sujando a imagem da honra e da ética deste país e até mesmo falcatruas políticas como a liberação ou não de passagens aéreas pagas com dinheiro público a familiares de Deputados, além das barganhas sujas que o PMDB vem fazendo para apoiar algum partido nas eleições Presidenciais de 2010.
Definitivamente o Brasil possui uma vista viciada naquilo que ele mesmo não enxerga,certas coisas não possuem explicação , porque simplesmente o dano não se dá pelo valor financeiro do golpe,nem muito menos pela quantidade de cargos que certo partido ocupa em cada maquina administrativa da qual faz parte, mas pela perda da moralidade insubstituível, irreparavel e incontestável que nós possuíamos , possuímos ou pelo menos gostaríamos de possuir.
É lamentavel que hoje , em pleno século XXI, depois de tantos avanços e retrocessos ao longo das décadas,nós ainda tenhamos de presenciar coisas do tipo.
Mas a indagação é :
Como você se posiciona diante disso ?
Até pra tomar uma posição social perante os fatos , precisamos de cuidado, hoje a mídia é corporativa e defende intereses maiores e nebulosos e não somente a pura e nata transmissão das informações.
Para nos posicionarmos , não podemos aderir a uma opinião repassada por meios interativos politizados e de grande poder na manipulação de massas , é preciso que haja uma reflexão pessoal.
Exatamente neste ponto inclui-se a crise institucional do estado brasileiro e a crise social de valores morais e éticos dessa mesma sociedade.
O Estado perdeu completamente a sua capacidade de repassar exemplos e tem repassado modos errados, equivocos, figuras sujas e procedimentos ilegais como amostra de seu trabalho a população.
Esta por sua vez foi capaz de abrir mão da sua capacidade de acreditar em si mesmo e não esperar que as coisas aconteçam, mas simplesmente faze-las acontecer e hoje ao ligarem a televisão, aceitam aquele punhado de cultura inútil e manipulativa como se aquilo fosse um achado nunca antes vistos pelos seus olhos cada vez mais poluídos por uma crise social sem precedentes.
Mas o fato , é que isso só vai mudar, que o Brasil só vai se libertar dessa crise de suas instituições e as pessoas dessa crise social, quando os governos de um modo geral , perderem a idéia pobre e mesquinha de achar que o " Social " é apenas quem passa fome e quem não tem onde morar, criança sem estudo e jovem sem emprego pra trabalhar, isso é social, mas não somente isso, é preciso tratar as pessoas como pessoas e não somente como números, eis aí um grande problema.
Porque quando você tem o que falta pra alguém , talvez você não dê o valor, que quem nunca teve o que pra você é banal daria, e é exatamente aí que as pessoas precisam de uma fundamentação moral mais firme, mais coerente.
O Brasil tem todo o potencial de mudar essa história e as pessoas toda a possibilidade pra mudar de atitude , porém sobra covardia e falta coragem pra cumprir deveres, cobrar direitos e ser feliz, tendo voz e tendo vez , podendo fazer acontecer aquilo que é de desejo maior e necesside real ao todo e a comunidade, já que pequenos grupos geralmente tomam as rédias de situações que incluem interesses coletivos, pois o diferencial do hoje é o fato de que esperança não significa mais esperar, porque o que acontece é fato e o que se perde cai no esquecimento .

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Participação Popular dentro da Adminsitração Pública.

Amoleci um pouco nos últimos textos e dei a impressão de que baixei o tom do meu discurso neste Blog,mas não é isso,este texto é incisivo como os outros e eu retomo o tom que mantinha sempre,de reflexão e senso crítico.

Hoje vamos falar do Processo de Participação Popular,acondicionado dentro da Administração Pública,veremos este processo como ferramenta construtora mas também como impasse nas decisões técnicas e pontuais.
Tenho participado junto aos Representantes Regionais eleitos,sendo eu um deles,e a toda a equipe da Prefeitura de Suzano,da construção do Plano Plurianual da Cidade,mas sobretudo existe um diferencial neste Plano,ele é Participativo,aberto ao público,pode ser debatido pela população e se refere ao planejamento das ações futuras na administração da cidade contando do ano de 2009 até o ano de 2013.
Admito primeiramente que tem sido uma oportunidade ímpar,que acima de tudo tem me agregado um conhecimento mais amplo e será sem dúvida,para mim, uma oportunidade de aprendizado única neste sentido.
Muito se fala nas reuniões,sobre este processo de Participação Popular,que não existira nos últimos trinta anos da política da cidade,pontua-se muito o fato de nos governos anteriores não haver registrado uma abertura de espaço para as revindicações e opiniões da população no que converge as ações da Prefeitura e do Poder Público,mas ao mesmo tempo se frisa sempre o compromisso deste atual Governo em criar uma cultura de participação e eu penso que esta nova atitude seja legítima,mas cheia de poréns.
Vejamos o porque,sem nenhuma objeção,fica muito claro o papel de criação de uma cultura de participação,visando aproximar o Poder Público das pessoas e passa-las de fato a noção de que seus anseios estão recebendo a devida atenção e que na medida do possível entrarão em pauta,mas que além disso,a Participação Popular é um dos mais importantes,se não o mais nobre dos exercícios da cidadania após o voto,esta abertura mostra que os administradores não são Deuses intocáveis e elimina a impressão de que o poder está longe das pessoas e não as escuta do modo que estas esperavam.
Muito embora acima tenhamos verificado o quão importante e valiosa é esta ferramenta de socialização do poder,não podemos deixar de citar que indiscutivelmente perde-se o debate técnico e preciso,numérico e exato que se faria do mesmo assunto,quando este vem para o debate público e popular,mas isso se deve ao fato de que o perfil e o caráter técnico/administrativo do assunto acaba por se perder na imagem de debate político que a população acaba por assimilar quando se depara com a possibilidade de estar participando destes processos.
Não que o debate político de um assunto que também tenha um caráter técnico,não seja útil ou não tenha alguma validade,mas por conta desta assimilação política do assunto,que ocorre por parte da população,penso que a Participação Popular seja ainda uma ferramenta pouco eficaz no debate e na construção de uma cidade a longo prazo,visando os que vão,os que chegam e os que ficam em termos de investimentos,impactos,mudanças e população.
Penso isso pelo fato de que a distorção do caráter original do debate possa influenciar na qualidade do produto final desta discussão,produto final este,que deveria ser mais técnico e menos político,mas que no fim,por uma conotação política de assimilação errônea coloca em risco a acertividade das ações e planos estabelecidos neste acerto que costuma ser chamado de "pacto",mais que isso,a participação popular pode ser uma mão dupla,pois pode ser mais um dos exercícios da cidadania legítima,como eu já disse,mas que por outro lado,pode também comprometer a qualidade do produto final do debate,que é a verdadeira construção do planejamento da cidade,como já verificamos acima.
Senado assim,termino aqui este texto deixando que você leitor reflita e decida seu parecer sobre a Participação Popular,ponderando sempre o ponto de que por se tratar de um Processo de duas mãos,ele é ambíguo e que tudo o que é ambíguo,induz naturalmente ao erro.

domingo, 2 de agosto de 2009

Mais que amigos,irmãos.

Louise vivia o desalento de acumular reticências em todas as histórias de amor que poderia ter vivido,todas tinham começo,um pequeno meio e esperavam por um fim que na maioria das vezes não vinham.
Isso tudo era dividido com alguns de seus amigos e na maioria das vezes gerava um longo debate em torno do mesmo assunto.
Certa vez Louise comentou com um destes seus amigos sobre o penúltimo episódio inacabado do seu jovem coração,o problema foi que este amigo resolveu dizer realmente o que pensava sobre a situação e isso pegou mal.
Louise ficou péssima com o que ele disse e ele não conseguiu dormir aquela noite.
Na cabeça dele tudo estava confuso e ele nada mais entendia.

O que era branco,escureceu;o que era firme,amoleceu;o que era forte,esmoreceu;o que era alegre,entristeceu e o que era vivo,aqui morreu.

O que era certo,virou errado;o que era legal,agora é chato;o que era belo,agora é esculacho;o que era sincero,agora é escracho;o que era hipótese,poderia ser fato e o inocente,agora é culpado.

Nesta confusão de pensamentos ele já não sabia mais o que pensar e o relógio corria,já eram duas da manhã e ele estava sem sono,começou a pensar nas pessoas,na vida,em tudo.

Quem estava aqui,agora se foi,quem fez menção de ir,acabou que não foi.

Ele sentiu que de nada valeria sua inquietação,ele tinha pisado na bola e tinha que esperar pra ver como agir, a única coisa que o deixava triste consigo mesmo,ele feriu sem querer ferir aquela que a todo tempo ele só pensou em proteger,em preservar.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

São Paulo e Sua História. Por João Eduardo Pantarotte

:: As Antigas Lojas de São Paulo ::


Pensando nisso, me lembrei do meu tempo de jovem. Tempo em que andava pela cidade diária e intensivamente exercendo minha profissão de Boy. Lembrei-me das lojas que havia naquele tempo: algumas ainda existem e outras existiram até pouco tempo atrás, porém outras repousam na lembrança dos mais antigos, como eu.

As Lojas Americanas e Casas Pernambucanas, por exemplo, que ainda hoje estão em processo de expansão, já naquele tempo eram tradicionalíssimas. Foram diversas as vezes em que me pediram para comprar algo que poderia ser encontrado apenas nas Americanas da Rua Direita.

Ali mesmo na Direita, quase esquina com Quintino Bocaiúva, havia uma loja de nome "Loja de Ceilão", onde eu, em 55 ou 56, comprava papel de seda pra fazer balões. A loja não vendia a granel, e eu comprava no mínimo cem folhas pagando menos da metade do preço que nas lojinhas do meu bairro.

Exatamente na esquina da Direita com a Quintino (no prédio da Rádio Record) havia a Casa Bevilaqua (que vendia instrumentos musicais). Havia também a Irmãos Vitali e a Casa Manon. As lojas Assunção, que vendiam eletrodomésticos e discos, patrocinavam um programa de rádio diário, de nome Parada de Sucessos, que ia ao ar ao meio-dia.

Como se esquecer das Casas Pirani, principalmente a da Celso Garcia, onde comprei o primeiro televisor que tivemos em casa (ainda solteiro). Era uma Telefunken de 20 polegadas, que nunca conseguiu mostrar uma imagem sequer com boa qualidade. Ou da Ultralar, onde comprei minha primeira geladeira depois de casado. Era uma Gelomatic.

Na A Exposição, da Rangel Pestana, pertinho da Elétroradiobras, comprei muitos ternos, gravatas e camisas.

Havia outras lojas muito maiores, cujos produtos vendidos não eram pra qualquer um, como, Mercantil Suíça, Cássio Muniz, Almeida Land, Três Leões etc. Confesso que duas delas eram minhas favoritas, a Jodora, que vendia Lambretas, e Serva Ribeiro, que vendia DKV Vemag. Quantas vezes fiquei namorando um Belcar na loja da Rio Branco.

Tínhamos também a Mesbla, que sempre foi considerada loja para gente com melhor poder aquisitivo, mas já no fim de sua sobrevivência concorria com o Mappin.

Quando o fusca apareceu e se propagou por aqui, quem não teve um deles com o logotipo da Bruno Tress, Cibramar ou Brasilwagem? Essas marcas foram pioneiras no assunto Volkswagen.

Na década de sessenta, comprei um Chevrolet 1940 que tinha uma placa metálica no painel de instrumentos, que informava que o veículo havia sido vendido pela Cássio Muniz.

Até para se comprar remédios havia lugares tradicionais, como a Botica Ao Veado d’Ouro, da Rua São Bento, e a Drogasil. Recordo-me que, com doze anos de idade, pegava o ônibus em São Miguel e ia comprar leite em pó Nestogeno na Drogasil da Penha, para um irmão recém-nascido.

Sei que devo ter me esquecido de muitas lojas, porém essas foram as que mais marcaram minha passagem pela nossa querida cidade de São Paulo.

e-mail do autor: pantarotte@hotmail.com

domingo, 26 de julho de 2009

Meu mapa Astral - 26/07/2009

Seu signo é: Aquário ... O EU Interior

O signo de Aquário é o décimo-primeiro do Zodíaco. Inicia em 20 de Janeiro e termina em 20 de Fevereiro. Signo do elemento AR, é governado pelo planeta Saturno e tem como co-regente o planeta Urano. É positivo, masculino, violento, fixo, e de beleza.
Como são os nativos deste signo? Bem, não se pode falar que eles sejam fáceis ou monótonos! São pessoas com espírito avançado e com a cabeça sempre voltada para o futuro, gostam de qualquer novidade e são seguramente "anti-convencionais". Possuem porém conceitos rígidos, que dificilmente mudam.
Adoram a vibração, o ritmo, as invenções e suportam a duras penas as restrições! Muitos são independentes e tem dificuldade para o convívio a dois, pois precisam de seu espaço próprio e não toleram invasões de privacidade!
Possuem sentimentos humanitários, e apreciam a liberdade e a amizade. Se associam às vezes à Sindicatos, agrupamentos cívicos, cooperativas e movimentos que desenvolvam idéias novas e sobretudo que defendam a liberdade, a solidariedade e a democracia. Sob a influência de Urano foram e são feitas as maiores revoluções em nome da liberdade! Às vezes esse exagerado gosto pelo excêntrico torna os nativos de Aquário um tanto rebeldes, dificultando sua submissão às regras e às leis. Para isso devem fazer apelo ao planeta Saturno, que lhes cobrará atitudes mais tradicionais.
Um Aquariano típico adora as Leis somente para poder mudá-las! Se todos vão numa direção, ele irá na direção oposta; talvez, até somente para ser notado e para ser diferente. É um líder nato e tem seguramente uma inteligência brilhante. Se o planeta Saturno estiver amenizando esta rebeldia Uraniana, podem porém ter tendência à solidão e ao isolamento, mesmo porque às vezes tem um certo desprezo por este mundo que é tão monótono e "normal"! Uma outra característica deste signo é a impaciência! Tudo para eles deve ser rápido, para ontem! São dotados de rapidez de raciocínio e, não raramente, de dons advinhatórios. Não é por acaso que é este o signo que rege a Astrologia!

O ponto frágil em seu organismo são os tornozelos e a parte inferior das pernas.

Aquário e o amor:

Eles estão colocados entre "os melhores amigos do Zodíaco", tendo uma clara tendência em ajudar e estão sempre dispostos a ouvir o que os outros têm a dizer. Por isto eles são bons amigos, mas na hora de um compromisso mais formal, são extremamente cautelosos. Amantes da liberdade, mesmo quando se apaixonam, analisam friamente suas emoções para não “se deixar levar”. Não se entregam facilmente. É mais fácil que parta para um "casamento aberto", onde respeitará a liberdade do outro para que a sua não seja invadida. Ele tem a capacidade de preparar o ambiente certo para uma noitada realmente diferente e excitante, e com este talento envolve o parceiro (a) e intensifica os seus relacionamentos. Se assume um casamento, será, de qualquer modo, fiel, já que não é dado a aventuras e nem busca o “amor pelo amor”.

Aquário e a Casa:
A casa do aquariano será sem dúvida "diferente". Sempre haverá algo insólito. Num ambiente extremamente moderno, colocará peças raras de antiquariado. Num ambiente mais formal, colocará aquela pitada de surpresa necessária para mostrar que ele "está sempre na frente"! Com móveis de design moderno numa decoração abstrata, o quarto do aquariano pode parecer já no Século 21, ou poderia figurar numa Galeria de Arte Moderna! O importante para ele é o projeto, que deve ser atual, mas deve visualizar o quarto do futuro. Para ele uma casa que não muda é uma casa morta, já que ele ama a tradição somente para fazê-la mudar! E como seria o quarto do aquariano? Sinônimo do paradoxo, o aquariano prefere um quarto que não lhe pareça um quarto. Por isso suas opções recaem sempre sobre o que há de mais moderno e abstrato. Os moveis e objetos são do mais absoluto design, funcionais, e as cores definidas, vivas, ou em matizes de cinzas e preto, com muito aço ou alumínio. Tudo no mais rigoroso High-tec, moderno e futurista.




Ascendente em Libra

O Ascendente tem relação com sua aparência física e com o jeito que você se apresenta aos outros. Você que tem o Ascendente em Libra, é seguramente uma pessoa refinada e de bom gosto. A atração pelas artes e a necessidade de um ambiente belo e refinado torna-se imprescindível quando Libra ascende no mapa. A sua necessidade de expressar o afeto o torna um ser sociável e amável com todos, mas também pode ser interpretada como fraqueza se você demonstrar indecisão e falta de firmeza em suas atitudes. Buscando sempre o seu “par ideal” terá como meta prioritária formar parcerias e suas maneiras doces e diplomáticas fazem de você uma pessoa querida em todas as reuniões sociais. Você poderá se dedicar às carreiras artísticas para poder expressar toda a sua sensibilidade. A expressão de doçura, os belos traços de seu rosto, os braços e mãos alongados, também são características de quem possui Libra no ASC. E você pode ter covinhas no rosto e uma boca bem desenhada, em forma de coração. Você precisa se ocupar com hobbies que tenham função relaxante, como a dança, a música e as artes de maneira geral. Como Libra rege os rins, estes órgãos são fracos em seu organismo: se você tiver problemas com seu bem amado seguramente acabará tendo problemas renais. Assim, procure não se amargurar tanto se não conseguir preencher de maneira satisfatória o seu lado sentimental. O temperamento sanguíneo (próprio dos signos de Ar) indica propensão a doenças relacionadas com o sangue venoso e arterial, assim como a tudo o que estiver relacionado com as vias urinárias.
(Lembre-se que um planeta colocado em conjunção com o Ascendente e também seu Signo, irão influenciar nesta descrição, modificando suas características).
Clique aqui para saber mais sobre o Signo Ascendente




Lua em Leão As Suas relacões emocionais.

Você tem a necessidade de se comportar como um líder, especialmente para receber os elogios e a aprovação daqueles que o rodeiam. Se você tem esta Lua você possui muita confiança em si próprio, tem honradez, senso de justiça e magnanimidade. Sua vaidade e seu temperamento artístico e dramático, podem levá-lo a escolher carreiras onde estará em destaque, exposto ao aplauso do público. Se você for mulher, esta Lua indica que você tem uma mãe/rainha e não uma mãe/colo. A beleza e a vaidade podem ser fatores predominantes em você já que precisará estar sempre no centro das atenções para apaziguar seu ego. Esta Lua mostra fragilidade no seu Ego, na sua auto-imagem, e indica que na infância você pode ter sido excessivamente mimado, sendo o centro das atenções de seus pais. Assim, na fase adulta, você chama atenção sobre si mesmo de qualquer maneira. Se sua Lua estiver ‘aflita’, você se torna dramática e instável sentimentalmente. Precisará desenvolver a relação com os outros com mais generosidade deixando de se concentrar somente em si próprio(a).

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Sem Hipocrisia.

Essa vida eu vivo de olhos abertos e atentos com os que estão na minha frente e com os que vem atrás de mim,com os que me seguem e com os que me acompanham,atento com os que me querem bem e com os que mal me querem.

domingo, 19 de julho de 2009

Suzano-SP - O Trânsito no presente,passado e futuro.

Hoje senti vontade de falar sobre a cidade onde moro,Suzano na Grande São Paulo, situada a apenas 40km da metrópole paulista.
Em especial dentre todas as coisas absurdas que temos acompanhado pela imprensa municipal, a cidade vem sendo administrada com um descaso sem tamanho, a educação vem decaindo desde 2004, a saúde simplesmente deixou de atender as pessoas e os investimentos não dão mais resultados, obras são inauguradas e fechadas sem uso e o que mais me incomoda e o tema em especial que irei discorrer hoje é um único, o caos urbano instalado pelo mal planejamento do trânsito e as novas obras viárias que corroborarão para o surgimento de novos e aprofundamento dos atuais gargalos na mobilidade urbana.
Suzano tem pouco mais de 60 anos de emancipação política/administrativa,em relação a capital e a outras cidades, é um jovem município com muito o que crescer e se desenvolver, porém antes dessas duas situações vem outras duas primordiais: Modernização e Planejamento.
Suzano foi por aproximadamente 20 anos ou mais,administrada por um mesmo grupo político,que por convergir em ideais tinham um mesma linha de governo quando se alternavam e esta alternância pouco ocorria.
A cidade foi emancipada,foi se colonizando e crescendo,as autoridades traçaram metas,planos e fizeram obras,obras pertinentes a época,lembrando claro, que há 60 anos atrás a situação ambiental,social,organizacional e acima de tudo administrativa era bem diferente.
Dentre as obras feitas e a construção de toda uma infra-estrutura municipal,traçou-se um plano para o trânsito e a mobilidade urbana dentro do município.
Há 60 anos atrás, os carros eram outros e em quantidades menores, a densidade populacional era bem menor,o aspecto da cidade ainda era ruralizado e se tratava ainda de uma região economicamente em desenvolvimento.
Abriram ruas,estradas,acessos.Fizeram pontes,passarelas,rodovias,viadutos e por fim,dividiram a cidade com o muro da estação de trem da CPTM.
Hoje 60 anos depois,por incrível que pareça,o planejamento urbano ainda é o mesmo,o problema é que existem diferenças e discrepâncias enormes que não tem se levado em conta pela atual administração municipal.
Hoje o número de veículos é completamente maior do que há 60 anos,a cidade possui linhas de ônibus e vans,por se tratar de uma região agrícola e industrial possui tráfego de caminhões e veículos de carga e por último, sua densidade populacional cresce relevantemente a cada ano,já tem índices de cidade desenvolvida.
Circulando pela cidade podemos ver que ações pontuais e acertivas neste sentido não são a especialidade da adminsitração municipal,ano passado inverteram a mão de algumas ruas no centro e além de não resolverem nada, criaram um trânsito ridículo e desconexo,deixaram simplesmene de regular o tempo dos semáfaros, e cruzamentos são obstruídos pelos motoristas irritados com a demora dos sinalizadores velhos e mal posicionados ás vezes,para completar o caos,nos fins de semana os semáfaros piscam laranja constantemente,imaginem somente uma amostra grátis do caos que se instala.
Observando tudo o que eu disse cima,eu como cidadão cheguei a uma conclusão.
Em primeiro lugar, pra que serve e de que tem se ocupado a Secretaria de Transportes? Se for somente com multas precisa-se saber para onde vai tanto dinheiro.
Pensei comigo,que se eu estivesse na figura de Prefeito não esperaria que os secretários municipais tomassem uma atitude,convocaria um Engenheiro de Tráfego e o Secretário de Transportes a irem junto comigo,realizar um mapeamento dos gargalos do trânsito na cidade,mapear as rotas das linhas de ônibus e vans além de verificar qual solução daríamos aos veículos de carga.
Feito isso,penso eu,que com um mapa,Eu o Secretário de Transportes,de Obras e o engenheiro de Tráfego além do Secretário de Serviços Urbanos,repensariamos modernizando as vias alternativas,as vias pincipais e todas as vicinais no desvio dos veículos de carga do centro da cidade,depois reorganizar e reprogramar semáfaros,rever cruzamentos e fazer as mudanças de mão necessárias em cada uma das ruas.
Traçaríamos um novo itinerário geral para as linhas de ônibus,os fazendo rodar menos pra chegar ao mesmo lugar e com isso,emitir menos poluentes,fazendo-os gastar menos combustível,logo poderíamos diminuir o valor da tarifa a ser paga pelo cidadão.
E por fim,colocaria em conograma com datas predefinidas as Obras necessárias na resolução,vejam que eu disse resolução,dos problemas do trânsito municipal e mobilidade urbana.
O Prefeito deveria ter a responsabilidade e o cuidado de perceber que duplicar a Av. Dr. Prudente de Moraes,hoje porta de entrada e saída de veículos na cidade,não resolverá absolutamente nada caso não se termine a pista faltante da Marginal do Una,via essencial no escoamento dos veículos de carga,pois um fato deve ser levado em consideração,o Rodoanel Mário Covas que terá acesso pela Avenida Brasil,que é continuação da Av. Dr. Prudente de Moraes,mudará toda a dinâmica do trânsito e trará para a Av. Senador Roberto Simonsen todos os veículos da cidade que quiseram acesso ao Rodoanel,o que faz necessária a abertura da mesma avenida até a Estrada dos Fernandes,que é como a Marginal do Una uma importante vicinal de escoamento de carga.
Vejam que o Jd. Imperador,onde está a Avenida Senador Roberto Simonsen e a Avenida Brasil,é um bairro em expansão,valorização e desenvolvimento,porém precisa de planejamento e este é um cuidado que a administração precisa começar a ter,é uma ótica primordial de agora para frente,uma vez que na Av. Senador Roberto Simonsen teremos duas faculdades,um centro de convenções e um clube de remo,sem contar com os dois parques existentes nesta mesma avenida e sua importância para o desenvolvimento da cidade,que mais do que nunca precisa se expandir mas que pela falta de cuidado de seus administradores pode vir a perder com aquilo que seria para ela e seus munícipes,algo de grande valia.

sábado, 18 de julho de 2009

São Paulo - Sua Política e Eu.

Hoje,buscando notícias pela internet,verifiquei que no dia 16 de Julho de 2009 fizeram dez anos da morte do Ex-Governador André Franco Montoro,André e Paulista como eu.
Assim que li toda a matéria e busquei mais informações sobre ele começei a repensar São Paulo,Estado e Cidade, como eu tenho o costume de fazer.
Todos conhecemos a São Paulo de Maluf,de Montoro,de Quércia,de Fleury,de Covas,de Geraldo e de Serra.
Eu não era nascido nos Governos de Fleury pra trás,mas conheço bem as histórias e consigo comparar pelos relatos quem foram os construtores da nossa história,da nossa política, do Estado de São Paulo que nós temos hoje e de toda a sua dinâmica,força e imponência.
São Paulo passou e sentiu cada um dos períodos políticos deste país,foi a panela que segurou toda a pressão quando o caldo da democracia esquentou e foi pela mão de seu povo,do povo paulista que este caldo se derramou e incomodou os militares, a mesma mão que segurou a panela com força e coragem foi a mão que fez a luta,que foi as ruas e que venceu,levando para os nossos irmãos brasileiros do Sul ao Norte essa jovem e recente democracia,mesmo que ainda frágil foi uma grande vitória.
Como São Paulo é grande e tem uma vasta história, eu começo a analisa-la desde Maluf na época do militarismo pra poder ter esta fase de mostra pronta para comparação na entrada dos governos eleitos democraticamente.
Maluf como sabemos, antes de adiquirir esta fama de corrupto que possui escancarada na atualidade teve dos meus e dos seus antepassados paulistas grande prestígio e admiração,era o homem das obras,das estradas, aquele que construiu cada caminho desses que levou São Paulo ao destaque,a ser o que é,apesar de tudo tem seus méritos.
Após a era Maluf ainda militarista,veio a redemocratização,as diretas e por fim a eleição.
André Franco Montoro foi eleito Governador de São Paulo,não teve a mesma oportunidade que seu antecessor,diferentemente de Maluf não foi o homem das obras,foi o homem da paciência,saneou as dívidas deixadas pelo governo anterior, porém seus méritos foram reconhecidos pela pregação e prática da democracia no Estado,mas não só por isso,ele foi feliz em ter sido um Governador paciente,perseverante e autêntico no que consta relatado.
Depois disso veio Orestes Quércia,não me lembro de nada muito notório do Governo dele,a não ser a existência da Secretaria Estadual do Menor,comandada na época pela atual vice-Prefeita da cidade de São Paulo,Alda Marco Antonio.
De qualquer maneira Quércia teve a oportunidade de conseguir consagrar entre os paulistas a eleição de seu sucessor,Luiz Antonio Fleury Filho,fato que penso eu se dever a um Governo bem quisto pelas pessoas.
Era uma nova fase pro Estado,os poderes começavam a se suceder e o futuro vinha,o Estado era grande e já era forte também, mas no entanto o Governo Fleury tem em minha opinião a herança mais depreciativa de todos os governos de São Paulo até o dele,sua gestão foi marcada pelo massacre do Carandiru.
Depois de tudo isso,foi vista de longe e depois quase se concretizando a volta de Maluf ao Governo,este porém já com conduta política mal vista,Mário Covas então foi eleito Governador,fez uma gestão de saneamento de contas,construção de rodovias,mostrou-se progressista e em 1998 foi reeleito,não fosse o Câncer que o levou a morte,teria continuado seu governo, mas por outro lado sua morte abriu espaço para alguém que despontaria no novo cenário político de São Paulo,tido como renovação apesar de ter raízes num berço contínuo desde Franco Montoro.
Geraldo Alckmin assumiu o Governo de São Paulo em função da morte de Covas,me lembro que acompanhei pela TV o cortejo de Covas, a posse de Geraldo e toda aquela mudança pela qual o Estado passava.
Geraldo ao meu ver não deixou o tempo atropela-lo tocou o Governo e por sua destreza,coragem e por que não dizer competência foi reeleito em 2002 para continar a frente de São Paulo,isso eu já não acompanhei, mas em 2006 quando ele se candidatou a Presidência da República tive orgulho por estar do lado dele,foi um grande Governador pra São Paulo,pra mim,foi de todos,o melhor.
Derrotado então para Presidente,Geraldo ficou apagado até as eleições municipais e a todo tempo foi pisado pelo então Governador eleito José Serra,eleito por sinal no vácuo do trabalho competente de Geraldo.
Serra atualmente Governador apoiou Kassab,Prefeito da Capital,derrotou Geraldo e logo após a eleição deu nas mãos do mesmo a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo,Serra é de todos o único que repudio.
Hoje então quando me peguei lendo sobre Franco Montoro,lembrei-me de tudo isso e resolvi escrever,vejam que esta sequência iniciada por Montoro é da mesma raiz,Serra estava com Montoro,que estava com Covas,que estava com Geraldo, que está com Serra.
A mudança é necessária e no momento certo ela virá,todos possuem seus méritos,fazem parte da história que nossos hoje paulistinhas irão ler nos livros amanhã,mas em especial eu dedico este texto a Geraldo Alckmin,que para mim foi e é um símbolo de liderança para São Paulo,por ter escrito conosco uma história de sucesso frente ao Estado.
Sonho eu em um dia fazer parte dessa história,mas por hora eu me contento em admirar Geraldo e apegar-me nas poucas coincidências,André Franco Montoro,meu xará.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Auto da Lusitânia - Gil Vicente

Belzebu assistia a tudo atentamente, Todo o Mundo, rico mercador,fazendo que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um homem, vestido como pobre.. Este se chama Ninguém e diz:

Ninguém: Tu estás a fim de que?

Todo Mundo: A fim de coisas buscar
que não consigo topar
Mas não desisto porque
O cara tem de teimar.

Ninguém: Me diz teu nome primeiro.

Todo Mundo: Eu me chamo Todo Mundo e
passo o dia e o ano inteiro atrás de
dinheiro,seja limpo ou seja imundo.

Belzebu: Vale a pena dar ciência
e anotar isto bem,por ser fato verdadeiro:
Que Ninguém tem conciência
e Todo Mundo tem dinheiro

Ninguém: E o que mais procuras,hem?

Todo Mundo: Procuro poder e glória.

Ninguém: Eu cá não vou nessa história.
Só quero virtude...Amém.

Belzebu: Mas o pai não se ilude
e traça: Livro Segundo.
Busca o poder Todo Mundo
e Ninguém busca virtude.

Ninguém: Que desejas mais,sabido?

Todo Mundo: Minha ação elogiada
Em todo e qualquer sentido.

Ninguém: Prefiro ser repreendido
quando der uma mancada.

Belzebu: Aqui deixo por escrito
o que querem,lado a lado:
Todo Mundo ser louvado
e Ninguém levar um pito.

Ninguém: E que mais,amigo meu?

Todo Mundo: Mais a vida, A vida olé!

Ninguém: A vida? não sei o que é,
A morte,conheço eu.

Belzebu: Esta agora é muito forte
e guardo para ser lida:
Todo Mundo busca a vida
e Ninguém conhece a morte.

Todo Mundo: Também quero o Paraíso,
mas sem ter que me chatear.

Ninguém: E eu, suando pra pagar
minha falta de juízo!

Belzebu: Pra que sirva de aviso,
mais uma transa se esvreve:
Todo Mundo quer Paraíso
e Ninguém paga o que deve.

Todo Mundo: Eu sou vidrado em tapear,
e mentir nasceu comigo.

Ninguém: A verdade eu sempre digo
sem nunca chantagear.

Belzebu: Boto anúncio na cidade,
deste troço curioso:
Todo Mundo é mentiroso
e Ninguém fala a verdade.

Ninguém: Que mais,bicho?

Todo Mundo: Bajular.

Ninguém: Eu cá não jogo confete.

Belzebu: Três mais quatro igual a sete.
O programa sai do ar.
Lero lero lero lero,
curro paco paco paco.
Todo Mundo é puxa saco
e Ninguém quer ser sincero...


Trecho de Auto da Lusitânia de Gil Vicente, adaptado por Carlos Drummond de Andrade.