As novas mídias nos Brasil possuem problemas que não dizem respeito a sua estrutura física ou tecnológica, mas que extrapolam o grau aceitável de subjetividade e o nível essencial de “manipulação” da informação.
É interessante colocarmos que nosso país viveu e ainda vive uma sucessão de mídias predominantes, que em períodos distintos ocuparam alto grau de relevância na opinião pública, tal qual as mídias faladas, escritas e hoje massificadamente as televisionadas, ditando tendências, costumes e ideologias.
Todas as mídias citadas possuíram e possuem ampla ligação com os períodos históricos do país,tendo sido o rádio o precursor da massificação da informação,tendo como seu complemento os jornais e folhetins,despontando hoje no horizonte também,a televisão como o maior meio de comunicação da atualidade bem como a Internet que também traz em sua funcionalidade o poder de informar ainda mais pessoas ao mesmo tempo.
Assim levando-se em conta a citação histórica, é extremamente importante transmitir ao telespectador uma informação que desde sempre fora dele ocultado, a política das telecomunicações no Brasil.
Na década de 1960, mais precisamente em 1964, o Brasil viveu um duro Golpe Militar, que torturou militantes políticos e censurou a liberdade de expressão das pessoas, da sociedade e da mídia.
Nebulosamente, naquele período, o sistema televisionado brasileiro, que é uma concessão pública concedida pelo Governo ás empresas de Comunicação, fora licitado em meio a um regime de extremo autoritarismo, sendo entregue então a um só grupo do ramo das comunicações 75% de tudo o que se transmitiria daquele dia em diante em todas as televisões do país.
Nascia então as Organizações Globo, que contemplavam uma ampla cadeia de rádio e também o gordo monopólio televisivo que lhe fora concedido pelo Regime Militar em silêncio e no escuro.
Num período em que poucos tinham o direito de falar, iniciou-se então as operações da mais nova formadora de opinião do país,consolidando-se através de seu grande monopólio,como a principal emissora de televisão do país,segundo o IBOPE.
Porém,com a entrada da Internet e a popularização de seu uso na década de 1990,parte deste grande império comunicador sofreu seu primeiro abalo desde sua nobre criação.
Através de Blogs e sites de cunho jornalístico, deu-se o início de uma concorrência ferrenha e pouco preocupada com a imensa fatia da concessão pública de Televisão, possuída pelos impérios “Globo”.
A Internet assumiu então, um papel extremamente reconhecido e aprovado pelos telespectadores, por ser amplamente livre no que diz respeito á informação e por colocar o internauta como o tomador de decisão quanto aquilo que ele quer em sua tela, no entanto a Internet também é uma concessão pública e encontrou em seus mais críticos internautas um meio de questionar o monopólio da televisão no Brasil e os intrínsecos laços das Organizações Globo e da Rede Globo de Televisão com a Ditadura Militar e seus líderes,tendo sido esta fortalecida graças á mutualidade com que vivem hoje os Impérios Globo e alguns grupos políticos do país.
No entanto,ao contrário do ano de 1964, o Brasil tem um importante fato a comemorar no ano de 2009,pois desde que licitou-se a Concessão Pública de Rádio e Televisão no país,pede-se então ineditamente, a 1º Conferência Nacional de Comunicação,que conclama a Sociedade,os Governos e os Meios de Comunicação a debater o estilo de comunicação que queremos e a quebra do monopólio da informação no país,que durante décadas,rendeu rios de dinheiro á poucos e favoreceu alguns grupos políticos,protelando ao país um período de extraordinário crescimento,diminuição da desigualdade social e invejável posição de prestígio internacional,tal qual vivemos agora.
Portanto as novas mídias influenciaram e influenciam sim,na condução da vida das pessoas,mas num gesto de amadurecimento da nossa democracia que em 2010 completará 25 anos de existência nata,poderemos então enquanto sociedade,virar o jogo e guiar para novos caminhos as novas mídias e a comunicação social no Brasil,colocando a informação á serviço de todo o povo brasileiro.
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