sábado, 1 de maio de 2010

Com quantos ideais se faz um homem?

Agradeço por todas as oportunidades que tive até hoje de ver de perto os dois lados da questão social no nosso país, sei o quanto isso ajuda a fixar minhas ideologias, porque não há nada mais triste para um homem do que não ter ideário pra defender, não ter lado, não ter pensamentos e teorias próprias, não devolver á sociedade uma participação efetiva em tudo aquilo que diz respeito ás pessoas e ao contexto social em que se vive.
É, sem dúvida nenhuma, por essas cisrcunstâncias da ainda gritante concentração de renda no nosso país que sinto o quanto vale lutar quando somos capazes de sentir indignação pelas injustiças cometidas para com os nossos iguais direta ou indiretamente e isso significa que o nosso dever moral é empregar a nossa capacidade e as nossas virtudes, na mudança deste cenário, para além dos interesses pessoais e individuais. Neste sentido, a cada novo contato com esse tipo de situação, se fixa mais em mim essa disposição de dedicar a minha tragetória em benefício daqueles que querem nada mais do que dignidade.
Não me agrada essa idéia de criar condomínios pra impor limites físicos pra além dos limites invisíveis que essa sociedade imunda já criou entre ricos e pobres, não gosto da percepção de que no futuro teremos os guetos de pobreza e um livre e exclusivo caminho para as elites do poder econômico, essa não é a vida que quero para mim e muito menos para o nosso país, não nasci para isso e é contra isso que quero lutar, é a serviço destes que tem menos do que o necessário em decorrência de muitos terem mais do que precisam que vou dedicar a minha vida e as minhas lutas, para que o Brasil de amanhã se faça a mais mãos do que o de hoje, pra que desta forma, mais bocas se alimentem do suor dos seus trabalhadores, que se fortifiquem na percepção de que todos estão vencendo e progredindo proporcionalmente, dividindo mais no sentido de repartir e compartilhar e dividindo menos no sentido de separar, isolar, desagregar.
Em nenhum momento da minha vida até hoje, desde que me esclareci do mundo em que vivo, deixei de pensar nisso tudo, em todo e qualquer lugar por onde piso, observo e penso nas pessoas, imagino o que poderia se fazer por elas naquele contexto, sinto que essa é uma missão minha, servir á sociedade e ás pessoas tal como eu gostaria de ser servido se eu estivesse em situação vulnerável, me sinto compromissado com isso e é em nome destas idéias que me colocarei, em todas as oportunidades, como um componente agregador na sociedade, pra quebrar as barreiras, físicas ou não, pra unir as pessoas e dar á elas o direito de ter ao menos algo que já deveria estar com todos desde seu nascimento, a dignidade de ser cidadão.