segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O PT Paulista e o favoritismo imperial dos Tucanos.

Em São Paulo a palavra coerência não faz parte do vocabulário do PT na escolha dos candidatos ao Governo, tanto quanto a palavra convergência não cabe na boca de José Serra.
Em café da manhã com jornalistas hoje em Brasília, o Presidente Lula foi feliz ao falar exatamente aquilo que o PT de São Paulo precisa ouvir, "mais coerência e menos pragmatismo", esse foi o recado do Presidente para o grupo que comanda o partido em São Paulo, sob forte influência da ex-prefeita da capital, Marta Suplicy.
Os tucanos governam São Paulo desde o ano de 1995, por onde passaram Mário Covas, Geraldo Alckmin e agora José Serra, mas não por alta capacidade de gestão ou extrema competência gerencial da máquina pública, muito pelo contrário, estão bem estabelecidos no suntuoso Palácio dos Bandeirantes, pelo fato de que o PT de São Paulo não seguiu o método "Lula" de ganhar eleições: apresentar o mesmo candidato ao Governo enquanto for possível concorrer com ele.
Em 2002 o então Governador Geraldo Alckmin suou a camisa pra vencer a eleição, após ter recebido do falecido Governador Mário Covas um estado que ele mesmo classificou como "falido" em seu discurso de posse, na eleição em questão, o candidato Petista era José Genoíno que chegou a ir pro 2º Turno com o tucano, que o venceu com uma pequena vantagem, comprovando o potencial de virória possuido então pelo PT.
No entanto em 2006 Genoíno não podia sequer andar nas ruas, ele estivera envolvido no escândalo do mensalão que sacudira o Governo do Presidente Lula e até derrubara o segundo homem mais poderoso da República, o então Ministro-Chefe da Casa Civil, José Dirceu.
Sendo assim o Senador Aloísio Mercadante se colocou candidato ao Governo Paulista contra José Serra e fez uma campanha que foi digna do candidato mas pouco observada pelo povo paulista, que sem sentir segurança na mudança que o PT propunha, deu a José Serra uma extremada vitória no 1º Turno, emitindo o claro aviso de que a derrota de Marta pra Prefeitura em 2004 e a de Mercadante pro Governo em 2006 representavam uma tendência anti-PT que os tucanos começavam a disseminar no estado.
Quatro anos se passaram e José Serra aprofundou todas as lacunas administrativas deixadas por Alckmin, além de abrir outras ao promover um desmonte de coisas funcionais criadas por seu antecessor e levar ao colapso, setores antes altamente respeitados pelo povo paulista, como as instiuições de Segurança Pública, a exemplo da Polícia Militar.
Caminhamos então para as eleições de 2010 sem nenhuma perspectiva de mudança, Alckmin galga quase 70% das intenções de voto, se candidato, mas no caso de ser Aloysio Nunes Ferreira o candidato, Serra correria os municípios com ele a tira colo e apelaria para o mesmo artifício de Lula com Dilma, a transferência de votos e de popularidade.
O povo paulista é cego ou gosta de sofrer pra manter o favoritismo imperial dos tucanos em São Paulo?
Não, o erro está na oposição, mais precisamente no PT, que ao se desviar como observou o Presidente, mostrou a população o contrário do que deveria expor, mostraram que ainda que ruins, os melhores candidatos estão do lado de lá, evidenciaram que a palavra mudança é bordão eleitoral e não ato governamental e por fim deixaram em São Paulo a pior amostra de Governo possível, Marta foi um fiasco monumental como Prefeita.
Reverter isto não será fácil e nem tão rápido, pois no cenário eleitoral do próximo ano como desenhado acima, o único candidato do PT capaz de perder a eleição em 2º lugar sem passar vergonha, é infelizmente, a desafortunada Marta Suplicy.
O que resta portanto é aguardar que ao término do mandato de Lula, com a eleição de Dilma, o Presidente possa voltar á São Paulo e colocar o PT estadual no rumo certo, trazendo a mudança que o Brasil experimentou, para o Estado de São Paulo, tão sedento e cansado de admnistrações essencialmente iguais, que já lhe renderam desgastes tantos e enormes perdas econômicas para a região Nordeste, por exemplo, que viveu e vive o milagre econômico levado por Lula e pelo PT.


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