segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Começo,meio e pausa.

Em Parceria com Gabi Pasquale (Confessions About Me)



Eu fui ao shopping pra ver se encontrava gente nova, pra poder andar um pouco e esquecer dos meus problemas, dos meus desapegos e me livrar do tédio que me engolia em casa. Andei pela praça de alimentação e nada, sentei em um banco qualquer, e como sempre, comecei a refletir sobre a vida. E de banco solitário eu entendo, posso falar bem deste assunto. É aquela coisa: alguns têm certas coisas na vida com uma facilidade tremenda, coisa que não aconteceu comigo, ainda mais na parte sentimental, mas sempre fui perseverante sabe? Não vale a pena esquecer da caminhada que a gente já teve e do pedação que ainda falta caminhar, a gente aprende tanta coisa e cresce mais a cada tombo. Eu até brinco comigo mesmo quando entro em novos becos: "Sou como massa de bolo, quanto mais apanho, mais cresço.”
Vi muita gente crescer, mas posso dizer que cresci o suficiente para encarar um relacionamento mais sério. Dois anos foram perdidos naquela história de decepção, mas ao menos eu cresci o que muita gente demora pra crescer em 20 anos. Perceber isso pra mim é como uma recompensa, por tudo o que eu me arrastei neste tempo todo,sabe. Talvez seja por isso que me fiz mais firme em cada uma das palavras que proferi desde que comecei a viver nestes dias turbulentos, mas a esperança ainda reina, a vida está cheia de surpresas pra mim ainda, os astros me dizem isso...
Tudo bem, confesso, que às vezes cheguei a duvidar deles e até de mim mesmo.
Quem na vida nunca duvidou de si mesmo? Ao menos uma vez na vida todo mundo fez isso, eu já fiz, não tenho medo de me assumir. Mas é aquela velha história: "depois da tempestade sempre vem a calmaria." E tem mais, no momento deixo o tempo me levar e sigo a vida com naturalidade.
É verdade também que já me lancei mão de estudos ocultistas, herméticos e astrológicos, mas a causa sempre foi nobre, a busca era sempre por um motivo especial e este motivo é a minha felicidade. Não que eu pense que a vida seja um cassino onde se apostam as fichas e espera-se um bom resultado ao bel prazer do destino, somos os atores principais e também os roteiristas da nossa biografia.
Biografia essa que é repleta de histórias. É como digo: "outros roteiros, outros temas, e até mesmo outra trilha sonora; mas o personagem principal é o único que quase se mantém o mesmo." Já que entrei no assunto posso dizer que mudei muito e confesso também que um lado meu deseja deixar a vida levar por si só sem a intervenção Divina ou de qualquer coisa, mas há em certos casos que só Deus salva mesmo. Muito embora eu tenha a consciência disso, nunca quis me prender a religiões ou crenças, sempre tive comigo uma sensação majoritária, um sentimento de pleno esclarecimento de mim, das coisas em que acredito e por isso me mantenho fora do debate restrito, fechado em dogmas ou em doutrinas, com todas as pancadas eu aprendi que a vida é mais bela, mais proveitosa, e que sempre há uma felicidade pra cada um que habita a Terra.
E tem mais, a gente não pode perder a esperança por mais complicado que as coisas sejam. Às vezes penso que viemos ao mundo e estamos constantemente sendo colocados a provas. Nem sempre tiro 10 de imediato; e é por isso que chego comparar com o fato de ter aprendido a andar de bicicleta um dia. Levei muitos tombos até aprender de fato, e nunca mais esqueci e é exatamente neste ponto que faço a intersecção com o que penso sobre as missões das nossas vidas, tenho a convicção de que cada um tem a sua e eu apesar de não saber quero poder realizar a minha com toda a minúcia, pra o dia em que eu tiver construído tijolo por tijolo tudo o que me fora reservado, eu possa olhar pra minha caminhada e dizer que estava certo em todas as vezes que resisti falando e falei resistindo.
A grande questão,é que deve ser muito gostoso chegar ao ponto que deseja, na tal da felicidade plena, e ver que tudo que foi sofrido passou. O que importa, na realidade, é não se amargurar e não deixar que sentimentos belos virarem coisas desprezíveis.
Por um momento senti que eu havia saído fora de mim, tive a impressão até de que estava pensando em voz alta, mas foi só uma impressão, na verdade o meu celular estava tocando freneticamente e eu estava ali filosofando pro nada.
Filosofando e tentando imaginar, tentando relembrar como que fui um dia. Há gente que disfarça as coisas com músicas, já eu disfarço com palavras. E sabe de uma coisa, confesso que senti, por uns momentos que outra pessoa tomava conta da minha vida e que o original de mim tinha fugido, escapado, via e vivia a vida num banco de um cinema qualquer sem o mínimo direito de mudar a história.
Sai então da passividade, dei um up na minha vida, até porque gente em movimento,movimenta e gente parada atrasa o caminho todo e tudo o que eu menos queria era ficar pra trás, logo eu que sempre quis sair na frente. Como num gesto de reafirmar a minha posição de retomar as rédeas da minha vida, desliguei o celular, aquele momento era só meu e estava fechado pra quem quer que fosse.
Assim, resolvi andar pelas ruas como quem não quer nada. Decidi que só voltaria pra casa quando certas coisas fossem respondidas, virei umas esquinas e desisti dessas vontades, mas resolvi deixar as coisas acontecerem. Alguns amigos passavam, alguns passantes notavam minha distração, mas nem liguei, aquele momento era meu. Eu estava off-line do mundo...
Aliás, decidi aproveitar essa minha conexão direta com meu eu, sem nenhum atravessador pra me dizer mais quanto tempo eu tinha comigo mesmo, pra colocar em dia velha dúvidas que tinha sobre mim e sobre as coisas que fazia. O mais bonito foi perceber que todas as minhas dúvidas sempre foram revestidas de compaixão e cuidado por mim e pelos que me rodeavam.
Sorri sozinho como alguém que descobre a vida quando já não há mais luz. Parecia um recém nascido recebendo a vida, tendo a oportunidade de tê-la.
Pra comemorar, sentei em uma cafeteria, pedi um café e fiquei observando as pessoas. Continuei a pensar e cheguei à conclusão que "ter bondade é ter coragem", como já disse Renato Russo na sua música "Há tempos". E sabe do mais, tenho coragem, e digo sempre: "enquanto tiver ar é sinal de que dá pra continuar." Mas espera, se o ar acabar, o que faço?
Então sorri sozinho sem nenhum compromisso, sem nenhum peso até porque já dizia Shakespeare "Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?” Dalí em diante proclamei erguendo a minha fumegante xícara de café que eu seria feliz a qualquer preço. Claro que passar em cima das pessoas não combina comigo, mas é aquela história: “regue bem seu jardim pra que as borboletas voltem, elas são livres e precisam de tal liberdade pra voltar.” E apesar de ter custado pra aprender isso finalmente aprendi, antigamente sim, eu achava bonito ser mão de ferro, achava ideal ser autoritário, pra ter talvez a falsa sensação de respeito, mas foi aí que descobri que mais importante do que a construção externa,é a construção interna que mais nos importa e no final das contas eu só queria ser feliz e não me tornar um monstro.
Quase me tornei um ser desprezível, só que a vida me recompensou com uma segunda chance, e eu a peguei com todas as minhas forças. Até porque a sorte nunca bate na mesma porta duas vezes e oportunidade é espécie em extinção num mundo onde ninguém quer saber de ninguém e insisto em ir à contramão, já que eu não sou de plástico.
Sou ser humano, sou ser vital, não quero estadia temporária na vida das pessoas. Preciso de portos seguros, a quem confiar; mas também, não quero ficar pra semente, já falei da missão né? Então quero fazer a minha parte, ser feliz com quem quer ser feliz comigo e caminhar com quem está disposto a vir comigo nesta grande aventura intitulada vida, afinal de contas sendo eu mesmo, sei que só estarei aqui desta vez, desta única vez e ninguém pode me substituir.
Até as pessoas com o mesmo nome que eu não podem me substituir. Sou único. Cada um é único e exclusivo por si só e como já traz o famoso Pequeno Príncipe, somos responsáveis por aquilo que cativamos,dessa forma,mesmo podendo existir na face da Terra milhões de homônimos meus, eu sou eu e jacaré é um bicho,afinal de contas, pra ser autenticamente eu, só eu mesmo sei por tudo o que já passei e quer saber? Se eu disser que não valeu à pena, vou me consolidar como um grande mentiroso e isso também só iria servir pra provar que igual a mim, só eu mesmo.
Sou eu mesmo com meus sonhos, minhas vontades, meu mundo. Crio um mundo a cada dia, fico onde quero quando quero, e cada dia renovo minha casa interior; que aliás é meu porto seguro, o meu castelo encantado, o reino onde eu mando e desmando a hora que quero e onde posso me contradizer sem ser cobrado e por favor, desce mais um café com pouco açúcar. Às vezes gosto de sentir o amargo do café pra me sentir completamente vivo. Só que nessa casa, nesse castelo, por vezes a razão briga diretamente com a emoção e sabe o que eu faço? Debocho deles, porque vivo de extremos, mas calma, não sou terrorista, o meu terror é o humor e o humor é o meu sossego e isso porque o meu desassossego é o meu desapego e o meu desapego é o meu amor e o meu amor é quem quiser me amar, sem precisar de nome,telefone ou qualquer benesse tola que a humanidade tenha inventado.
Sou do tipo antigo, adoro cartas, ser lembrado a qualquer instante. Sou um eterno apaixonado, um sofredor apaixonado que sonha em ter alguém me esperando quando chegar em casa.
Vim de um tempo em que família era coisa séria, da mais alta santidade, de um tempo em que escola era quase santuário e de que a sociedade era coisa mais admirável das nossas vidas, bem como os rapazes cortejavam as moças com tanto respeito que quer era lindo, sentar ao pé da escada do colégio e assistir a tão belas serenatas que aconteciam às sextas-feiras, intituladas pelos rapazes como o dia semanal dos apaixonados.
Ah! Como eu amava esses dias, não era um apaixonado ainda, mas gostava de observar os outros fazerem isso. E na verdade, o que um dia não fiz por vergonha ou por qualquer coisa do tipo, hoje quero fazer para minha senhora, minha dona, ou o que você preferir chamar. Isso porque sempre fui dos mais observadores, idealistas. Imaginava que o dia em que fosse fazer a minha tão planejada serenata; seria para as mais belas das moças, pra mais doces das garotas, pra mais firme das mulheres, pra aquela que fosse digna de ser a minha dona, mas a vida é generosa e eu a recebi quando simplesmente tinha aposentado o meu bodoque, não por acaso eu a cortejei como o mais apaixonado dos apaixonados daquele colégio de malucos...
E depois de tantos foras, tantas vezes desprezado nessa sociedade materialista em que vivo, ainda procuro minha senhora. Depois de ter sofrido demais, depois de tanta coisa, mudei sim, mas mudei pra melhor, minha essência continua a mesma porque o que levamos dessa vida são memórias, mas não se pode esquecer de onde se veio, as raízes são o que há de mais importante na firmeza das palavras, na confiabilidade dos nossos compromissos e na credibilidade dos nossos atos, pois assim no fim das contas o que resta é brindar a vida e todas as buscas que fizemos, independente de ter obtido respostas ou não.
Na verdade sempre obtemos respostas, algumas ruins, de fato. Mas são essas ruins que permitem o tal do crescimento. E a vida, quer saber do mais! É vista por cada um de um modo diferente, tudo está no modo que cada um enxerga as coisas.
Que alívio, resolvi voltar pra casa. Já era tarde, e eu já tinha acertado boa parte das minhas contas pessoais, descobri em mim o meu maior entusiasta, o meu maior artista, o maior roteirista da minha vida.
Começo, meio e pausa. Essa história não tem fim, ela está só no aguardo do pressionar do botão "play" naquele controle remoto localizado dentro de mim.
Pra perceber que em mim, ainda bate aquele coração moleque, danado e faceiro que você conheceu um dia...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

As novas mídias determinam as vidas humanas?

As novas mídias nos Brasil possuem problemas que não dizem respeito a sua estrutura física ou tecnológica, mas que extrapolam o grau aceitável de subjetividade e o nível essencial de “manipulação” da informação.
É interessante colocarmos que nosso país viveu e ainda vive uma sucessão de mídias predominantes, que em períodos distintos ocuparam alto grau de relevância na opinião pública, tal qual as mídias faladas, escritas e hoje massificadamente as televisionadas, ditando tendências, costumes e ideologias.
Todas as mídias citadas possuíram e possuem ampla ligação com os períodos históricos do país,tendo sido o rádio o precursor da massificação da informação,tendo como seu complemento os jornais e folhetins,despontando hoje no horizonte também,a televisão como o maior meio de comunicação da atualidade bem como a Internet que também traz em sua funcionalidade o poder de informar ainda mais pessoas ao mesmo tempo.
Assim levando-se em conta a citação histórica, é extremamente importante transmitir ao telespectador uma informação que desde sempre fora dele ocultado, a política das telecomunicações no Brasil.
Na década de 1960, mais precisamente em 1964, o Brasil viveu um duro Golpe Militar, que torturou militantes políticos e censurou a liberdade de expressão das pessoas, da sociedade e da mídia.
Nebulosamente, naquele período, o sistema televisionado brasileiro, que é uma concessão pública concedida pelo Governo ás empresas de Comunicação, fora licitado em meio a um regime de extremo autoritarismo, sendo entregue então a um só grupo do ramo das comunicações 75% de tudo o que se transmitiria daquele dia em diante em todas as televisões do país.
Nascia então as Organizações Globo, que contemplavam uma ampla cadeia de rádio e também o gordo monopólio televisivo que lhe fora concedido pelo Regime Militar em silêncio e no escuro.
Num período em que poucos tinham o direito de falar, iniciou-se então as operações da mais nova formadora de opinião do país,consolidando-se através de seu grande monopólio,como a principal emissora de televisão do país,segundo o IBOPE.
Porém,com a entrada da Internet e a popularização de seu uso na década de 1990,parte deste grande império comunicador sofreu seu primeiro abalo desde sua nobre criação.
Através de Blogs e sites de cunho jornalístico, deu-se o início de uma concorrência ferrenha e pouco preocupada com a imensa fatia da concessão pública de Televisão, possuída pelos impérios “Globo”.
A Internet assumiu então, um papel extremamente reconhecido e aprovado pelos telespectadores, por ser amplamente livre no que diz respeito á informação e por colocar o internauta como o tomador de decisão quanto aquilo que ele quer em sua tela, no entanto a Internet também é uma concessão pública e encontrou em seus mais críticos internautas um meio de questionar o monopólio da televisão no Brasil e os intrínsecos laços das Organizações Globo e da Rede Globo de Televisão com a Ditadura Militar e seus líderes,tendo sido esta fortalecida graças á mutualidade com que vivem hoje os Impérios Globo e alguns grupos políticos do país.
No entanto,ao contrário do ano de 1964, o Brasil tem um importante fato a comemorar no ano de 2009,pois desde que licitou-se a Concessão Pública de Rádio e Televisão no país,pede-se então ineditamente, a 1º Conferência Nacional de Comunicação,que conclama a Sociedade,os Governos e os Meios de Comunicação a debater o estilo de comunicação que queremos e a quebra do monopólio da informação no país,que durante décadas,rendeu rios de dinheiro á poucos e favoreceu alguns grupos políticos,protelando ao país um período de extraordinário crescimento,diminuição da desigualdade social e invejável posição de prestígio internacional,tal qual vivemos agora.
Portanto as novas mídias influenciaram e influenciam sim,na condução da vida das pessoas,mas num gesto de amadurecimento da nossa democracia que em 2010 completará 25 anos de existência nata,poderemos então enquanto sociedade,virar o jogo e guiar para novos caminhos as novas mídias e a comunicação social no Brasil,colocando a informação á serviço de todo o povo brasileiro.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Do Mau Estilo

Todo o bem, todo o mal que eles te dizem, nada
Seria, se soubessem expressá-lo...
O ataque de uma borboleta agrada
Mais que todos os beijos de um cavalo.




Mário Quintana

DA PAZ INTERIOR

O sossego interior, se queres atingi-lo,
Não deixes coisa alguma incompleta ou adiada.
Não há nada que dê um sono mais tranqüilo
Que uma vingança bem executada...



Mário Quintana

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Abra a Janela Quando Todas as Pessoas a Fecharem.

Certo dia olhei para a rua através da janela do meu quarto,aquela mesma janela onde várias vezes eu dei gargalhadas mas também chorei,a mesmissima janela por onde eu joguei versos de poesia ao vento e onde por vezes contemplei toda a dor dos meus desamores.
Neste dia tudo foi diferente,olhei pra muito mais além de tudo o que eu já havia visto por alí,não estava mais filosofando sobre o mundo,nem criando discursos novos sobre uma mesma coisa,não estava a admirar o movimento dos carros sempre iguais e muito menos procurando cores novas ou nuvens de diferentes formatos no céu.
A ocasião era diferente,num dia em que todos fechavam a janela,eu era o único de toda a vizinhança que a abria,eu queria ver o mundo quando todos se fechavam para ele,eu queria coisas novas,como se a janela fosse um portal pra outro mundo,um mundo onde as coisas são completamente diferentes.
Ao abrir a janela,percebi que chovia muito e que não era uma chuva boba,de dez minutos,e nem fina feito garoa que sopra ao nosso rosto goticulas de agua semelhantes ao tamanho da gentileza das pessoas hoje em dia,minúsculas.
Neste exato momento senti que a parte elétrica do meu organismo se manifestou,entendi o propósito da minha ação,a ocasião me pedia uma reflexão sobre as pessoas.
O ato de abrir a janela num dia em que todas as pessoas a fecham foi apenas um pretexto que as coisas encontraram pra me trazer aquele recado um tanto estranho,o recado era que eu precisava enxergar algo que todos poderiam ver através da janela,mas que por fecharem-na habitualmente sempre pelas mesmas causas,não viam.
Numa breve associação um tanto estranha e pouco comum,me veio na mente uma comparação do meu ato com a janela em relação aos atos das pessoas com as pessoas,eu senti algo,algo a me soprar ao pé do ouvido que o nome disso era "segunda chance".
Pensei então que estava delirando,ora essa,desde quando abrir a janela em um dia de chuva,quando o silêncio reina em casa e você sente algo inusitado é segunda chance?
Como num tranco me veio a resposta,dei uma segunda chance aos meus olhos,eu me dei uma segunda chance de ver o que ninguém via,uma segunda chance de aprender mais.
Em segundos vi um flash de um momento do meu dia,quando na escola eu conversava com uma das minhas professoras prediletas,a qual alguns disseram ter ido embora da escola,falava a ela sobre a falta que faria se fosse embora dalí e do temor que eu tinha disso,me lembrei que um semestre antes de ter aulas com ela,ouvia os alunos dizerem que ela era um problema,que não era uma boa professora,mas nunca dei bola,sempre acreditei numa segunda chance e foi nisso que segui pensando em toda a minha caminhada até em casa.
Quando recai em mim,estava eu com uma sensação de ter caminhado até aquele momento outra vez e voltado a mim como um mergulhador que retorna a água num mergulho,dentro do meu quarto,de frente pra minha janela,pra perceber tão simplesmente que quando eu me peguei dizendo a professora o tamanho de sua importância,eu fazia algo diferente do que todas as outras pessoas,eu lhe dava um segunda chance,eu abria-lhe a janela ,quando todos os outros a fechavam.
Percebi que a chuva ficou mais forte ainda,que as gotas ficaram maiores e senti que na segunda chance que dei,aumentei o grau e o tamanho da minha generosidade,ela já não era tão pequena e medíocre quanto as goticulas de uma humilde garoa,ela fizera uma diferença tão grande,que descobri no simples ato de abrir a janela em meio a chuva,o quão importante é dar uma segunda chance pra quem espera que você feche-lhe a janela igualmente a todos os outros quando a tempestade te desafia a desistir.

sábado, 29 de agosto de 2009

A Economia Ambientalista - O Mundo Unido Nesta Causa.

Esta semana,por inúmero fatos e situações,venho construindo um pensamento que quero dividir com meus poucos,mas presentes leitores,pois é algo que não se passa em nossa cabeça rotineiramente.

Depois de ter me iniciado nas questões do Meio Ambiente,adiquiri um novo olhar sobre as coisas,sobre as pessoas,sobre as paisagens,sobre a comunicação,sobre a sociedade,enfim,sobre tudo como um todo.
Neste contexto,começei a fazer análises que podem ser particionadas,mas que se unidas formam um quebra-cabeça chamado futuro.
Dentre cada um dos pensamentos que fazem parte desta grande teia da vida,fiz análises filosóficas,sociológicas,psicológicas,históricas e por fim econômicas de tudo o que a questão ambiental tem me trazido,em especial,quando fiz a análise econômica,me preocupei em ponderar que os setores da nossa economia,temem mudanças no setor de regulação financeira e alteração da dinâmica do mercado por estarem solidamente presos a socidade do lucro pelo lucro e nada mais.
Neste ponto da grande questão ambiental,e quando digo grande imanginem algo grandioso ao ponto de abranger tudo,todas as causas,cheguei a um ponto pelo qual me interesssei e resolvi escreve sobre e o ponto é o seguinte: A sociedade pede e caminha para uma mudança que vai marcar a história.
Percebam e acompanhem pelos noticiários locais,nacionais e da internet,a quantidade de informações ambientais disponíves,percebam a quantidade de movimentos,o tamanho da mobilização, aliás crescente a cada dia.
Em cada parte do nosso planeta,as pessoas tem buscado ações,onde se deseja a mudança pró-verde,onde os entusiastas são sempre os dependentes dessa nova atitude,os homens.
Analisando por esta linha,eu recordei fatos históricos e percebi que essas manifestações ainda silênciosas já fazem barulho,a civilização passou por guerras,queda e ascenção de impérios,conflitos,disputas e reflexões,teorizações,de como dominar a Terra,de como explora-la e de como se apoderar do poder pra fazer fente aos demais nesta nossa sociedade,mas nunca,e vejam que nunca mesmo,a causa ambiental foi colocada em questão,nunca esteve em pauta.
Por estes tempos,o grupo Detonautas gravou uma musica,onde eles dizem:
"Escute o meu silêncio" e para mim é exatamente isso que a cada dia,um a um,cidadão por cidadão,tem feito,sinto verdadeiramente que a cada dia pelo menos uma pessoa se desperta para esta questão,as janelas estão abertas e as pessoas podem se apoderar deste conhecimento de causa,simplesmente quando quiserem.
O silêncio se tornou uma das maiores armas da humanidade na queda e na mudança dos detentores do poder e comandantes dos sistemas dominadores,a arma número um para que a questão ambiental seja o tema norteador da pauta das questões deste século,mas sobretudo pelo fato de que o silêncio simboliza a ruptura com a simples teorização discursiva das causas e caracteriza uma mudança coletiva,de ação,pensamento e mobilização.
Depois de discorrer sobre as questões acima,cheguei no ponto chave de toda a minha reflexão,o mundo conheceu o mercantilismo,o socialismo,o capitalismo e agora,caros leitores,agora,o mundo quer algo que ainda há de se descobrir o nome,o mundo pede pelo Ambientalismo puro e pleno,real e ativo,coletivo e democrático,por todos e em favor de todos,onde é um por todos e todos por um,literalmente.
Percebi,que estas mobilizações silenciosas são o caminho para a grande quebra da humanidade com este sistema falho do capitalismo desenfreado,do lucro pelo lucro e da alienação pela manutenção dos grandes impérios.
Penso que se o mundo se unir em uma grande rede,se organizar e definitivamente fazer apenas o barulho da ruptura com estes valores velhos do século passado,a nossa chance de exito é muito grande,é a nossa chance,de implantar o Sistema Ambientalista e Sustentável de produção,onde tudo terá seu equilíbrio e o mais importante,onde o homem colocará antes a preservação e a sustentabilidade,como fator determinante na obtenção e na qualidade do lucro.
A nossa civilização tem a chance nas mãos e eu espero verdadeiramente que mais e mais pessoas estejam dispertando para "o sol da liberdade" pra não deixemos escapar esta grande e única oportunidade que a vida e o Meio Ambiente está nos dando,para mudar e mudar pra valer.

Encerro este texto deixando mais um trecho da Música - O inferno são os outros - do Detonautas,para que você leitor reflita o que este grande sistema alienante fez conosco e com a nossa casa,o planeta Terra,temos culpa no cartório sim,mas nós temos a chance de sermos protagonistas destas mudanças históricas,para garantir que haverá um futuro onde poderá ser escrita cada página desta nossa luta pra mudar e pra melhor a nossa história.

"Do que adiantaria,essa tua ideologia,se tua própria liberdade se transformasse em opressão?"

Espero que este texto toque a cada um dos que lerem,estou engajado nesta luta e vou me sentir estimulado,se conseguir não marchar sozinho.

André Luiz Gomes Filho.

sábado, 15 de agosto de 2009

Por que eu falo tanto de Suzano? Vejamos.

Confio muito em Suzano,esta cidade abriu as protas quando meu pai mais precisou e tudo o que temos devemos a ela e a seu povo,portanto temos uma divida de gratidão com a cidade.
Apenas penso,e este foi o fato que me motivou a postar textos e textos sobre o municipio,que Suzano merece um terceiro projeto político,que não seja petista e nem democrata,aliás que seja verde.
Um projeto político que proponha uma nova atitude e que não seja fruto de brigas históricas,que desenvolva todo o potencial que a cidade possui,fazendo justiça social com cada um dos seus cidadãos.
Escrevo sempre sobre a cidade porque defendo um projeto político que tenha mais a ver com Suzano do que Suzano imagina e enquanto eu puder,vou teimar que pensando assim eu estou certo e posso mudar algo,eu vou teimar.

De qualquer modo eu fico muito feliz com o crescimento da cidade,Suzano será cada dia mais forte na medida em que mais e mais pessoas passarem a confiar e botar fé no futuro dela.