Economia, algo vital pra regulação do mercado, seus estudos aplicados e suas projeções vitais no que dizem respeito ao desempenho de instituições e organizações públicas ou privadas de qualquer que seja o ramo.
Este espaço hoje, visará mostrar alguns aspectos econômicos comparativos entre o estado de São Paulo e o Brasil, como maneira de expor ao leitor, que na opinião deste Blog, a economia paulista, tem vivido como um trem desgovernado e que não há regulação e nem sequer estratégias econômicas para certas fragilidades do mercado estadual.
São Paulo, o maior e mais forte estado brasileiro, detém sozinho 30% do PIB nacional em média, a maior massa trabalhadora formalmente empregada, o maior centro financeiro do Brasil e é portanto o termômetro da economia nacional, dependendo não só dos aspectos macroeconômicos ditados pelo Governo Federal mas principalmente pela microeconomia desenvolvida no âmbito do Governo do Estado.
Comecemos então pela participação que São Paulo tem no PIB nacional, dados comparativos levantados pelo IBGE em Novembro de 2009, mostram que o Sudeste manteve a dianteira na concentração das maiores participações estaduais no PIB Nacional, porém, aponta uma queda considerável, na fatia pertencente ao Estado de São Paulo, que em 1995 detinha de 37,3% do PIB nacional e em 2007, atingiu sua pior marca, com 33,9% do PIB nacional.
Além deste ponto, a queda do produto interno bruto paulista, não se deu apenas no âmbito global do crescimento brasileiro, São Paulo também acumulou perdas individuais consideráveis em setores estratégicos para o desenvolvimento do estado e a geração de emprego e renda.
Nos setores em que São Paulo teve queda individual, o que mais sofreu foi a Indústria, que amargou uma queda de 9,1% na participação do PIB nacional, em segundo e terceiro lugar, ficaram respectivamente o setor de serviços e do agro-negócio, com uma queda de aproximadamente 1,5% na participação dos dois setores no fechamento do PIB nacional.
Enquanto São Paulo regredia não só em números, mas numa retração econômica visível no dia-a-dia do maior estado da nação, o Rio de Janeiro acumulava apenas uma oscilação negativa de 0,7% na participação do PIB nacional, já o estado de Minas Gerais e Espírito Santo, avançavam na fatia de participação individual, acumulando cada um, uma oscilação positiva de 0,4% e 0,3% respectivamente, isso numa comparação inter-regional, pois comparado ao avanço do Estado de Pernambuco em termos de participação no PIB nacional, São Paulo se vê em uma estagnação cruel de suas atividades econômicas.
No quisito emprego, São Paulo também deu um show de irresponsabilidade no desempenho nacional da manutenção dos postos de trabalho, no período em que o país aplicava políticas econômicas anti-cíclicas como instrumento para driblar os efeitos nocivos da frenese capitalista global.
Segundo os dados do Cajed no mês de Novembro, o estado brasileiro que registrou o maior número de postos de trabalho fechados durante a crise financeira, foi São Paulo, com um registro bruto de mais de 100 mil postos de trabalho que foram extintos nos diversos setores da economia paulista.
Em termos comparativos, a soma de todos os postos de trabalho fechados no pólo de Camaçari na Bahia e na Zona Franca de Manaus, no estado do Amazonas durante o período da crise, não somam o mesmo montante de perdas registradas somente em São Paulo.
Como consequência, todos os setores sofreram, pois o estado de São Paulo remava rumo ao abismo da crise e o Brasil guinava contra a correnteza, enquanto o Governo Federal estimulava o consumo com a ampliação do crédito.
A indústria paulista perdia capacidade de produção e ocasionava um superconsumo versus uma subprodução que em virtude de ter perdido postos de trabalho indiscriminadamente num momento em que as lojas de varejo batiam record de vendas, mas sofriam com a ausência de estoque uma vez que estava-se produzindo menos.
O comércio, por sua vez, vendeu menos não por falta de demanda, mas por falta de atendimento desta demanda, teve de fechar alguns postos de trabalho, ao mesmo tempo em que o Governo de São Paulo resolveu cobrar ICMS de micro-empresas que haviam sido isentadas deste tributo em 2005 e reajustar alíquota do mesmo para todos os setores operantes no estado em 25%.
Não por responsabilidade ou por cuidado do Governo Paulista, o brasileiro teve o Natal mais gordo dos últimos 80 anos e não sentiu a irresponsabilidade paulista no bolso e nem na mesa.
Passado 2009, esperava-se portanto que a economia paulista voltasse ao menos a manter seus índices, mas no entanto hoje, o Jornal Metro trouxe pesquisa do Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, apontando que o estado de São Paulo puxou a inflação nacional e brutalizou a inflação local, penalizando o cidadão no momento das compras no supermercado, quando os produtos alimentícios e a cesta básica ficarão mais caros.
Por estes fatos, não precisa ser economista pra saber que a economia paulista sofre de um descalabro do atual Governo do Estado, de uma estagnação natural e temporal e de uma irresponsabilidade crônica de quem a guia.
Por tudo isso, percebamos mais como andam os números e como isso afeta as nossas vidas, porque tudo isso que foi dito, é a economia, "estúpido"!
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