terça-feira, 30 de junho de 2009

Pares Simétricos.

Na reta real da vida, assim como na reta real da matemática, Sérgio e Beatriz eram os simétricos da história, inexplicavelmente se encontraram, mas vamos lá.
Ele era um um cara cheio de teorias, sistemático e gostava muito de estar interado, informado e participar das altas rodas de discussão, nunca conseguiu gostar de exatas na escola e ainda que dentro do jogo ele não sabia qual ideologia política seguir, a esquerda era mais bem aceita, mas a direita combinava com ele, se dizer centro era coisa de gente sem opinião e Sérgio jamais aceitaria isso, seria ele então como o próprio se dizia, de esquerda liberal.
Ela era mais intimista e preferia tratar as coisas com mais sensibilidade do que com teorias, teorizar pra ela não resolvia nada, atitudes metódicas não combinavam com ela, preferia ser espontânea e imprevisível, padronizar as coisas a deixava estressada. Apesar de ser muito inteligente ela gostava mais de refletir do que de discutir abertamente as coisas, se expor não era seu foco, ela tinha a crença de que devagar se vai ao longe. Detestava as ciências humanas, tinha consigo a certeza de que a mais complexa equação matemática era mais simples de se resolver do que um chiliquinho de quinze minutos de qualquer ser humano, se dizia apolítica e admirava quem se metia com isso, pra ela era no mínimo mais uma aventura do que uma causa segura.
Sérgio quando quebrava a cara se afogava em músicas e livros, não gostava de bebida e nem de fumo, buscava alternativas sadias pra curar sua deprê. Lia bastante, escutava muitas músicas e quando dava na telha ele escrevia pra desabafar, mas só isso não resolvia, precisava se abrir, tinha apenas duas pessoas pra isso, uma amiga queridissima e um amigo com quem poderia se abrir também, feito isso ele se resolvia, passava por cima e esquecia pelo menos momentaneamente as mágoas. No amor ele preferia ser mais cético e sempre disse que jamais ia querer alguém sentimentalista, ele mandaria andar brevemente.
Beatriz nas suas desilusões arranjava forças pra se levantar dos baques pela sua perseverança e pelas suas reflexões, lia um pouco e escutava uma playlist mais selecionada, era esperta e sabia massagear sua mente nos momentos de tensão, ela preferia fazer desenhos de arquitetura e lidar com os ângulos do que escrever textos, ela sabia que isso seria um meio dela não se lamentar através das palavras. Era super sentimentalista e sempre teve dentro de si um pré-acordo, queria amar alguém sensível como ela pra que pudesse se confortar com essa pessoa.
O destino curvou a reta e eles fizeram uma rota que resultou num encontro, ela calculou a distância desta rota e ele relatou o trageto, o encontro foi perfeito, mas uma coisa nenhum dos amigos de ambos conseguiram explicar, mesmo depois dos 3 anos de relacionamento dos dois.
Como seres tão distintos podiam se amar e se dar tão bem?
O amor cura e machuca na medida em que lhe for necessário, neste caso ele foi acertivo e trouxe as diferenças pra crescer através do aprendizado dentro do peito de cada um deles, pares simétricos porém que se completavam.
Assim como na matemática, Sérgio servia para Beatriz , tanto quanto o X servia para Y.

Inside me

O mundo de dentro é o mais belo, o perfeito, aquele que nós construímos com o mesmo cuidado que a natureza desenha e perfuma uma flor, com toda a perfeição.
São emaranhados de lembranças boas, de vivências ricas e de pessoas marcantes montadas num arranjo acertado daquilo que ilumina e faz brilhar nossos olhos na medida em que tranquiliza o nosso coração.
Ainda que o presente seja firme e o futuro promissor, as lembranças ainda nos confortam e sem elas não teriamos força pra retomar a caminhada após as quedas da vida.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Josh's life .

Josh,um jovem que retrospectivamente parou pra pensar na vida, viu que vivera um tempo bastante fatigante ao lado de sua família na adolescência, afinal se dividir entre trabalho, intensos estudos e ter vida social ainda, era algo que exigia muito dele.
Vindo de uma família de classe média-média, Josh foi um cara de sorte, muito embora não tenha escapado das crises em sua mocidade, das desilusões amorosas e das responsabilidades que lhe faziam sentir-se pressionado,porém não era nada que ele mesmo fosse incapaz de driblar.
Aos seus dezenove anos,já era um cara de formação acadêmica invejável e por ter sido durante toda a sua vida, um jovem mais conservador,sabia muitissimo bem o que queria do futuro, já havia aprendido a lidar com escolhas e renúncias, experimentado o quanto o poder é solitário e visto o quanto ter prestígio e respeito entre as pessoas mais renomadas custa caro.
Com seus vinte e cinco anos,já era alguém de sucesso, apesar de muito jovem ainda,gozava de uma carreira promissora e de uma vida cheia de detalhes e luxos que estavam ao alcance de suas mãos e a espera de seu desejo.
No entanto, num dado momento destes teus 25 gloriosos anos de vida, Josh se deparou com um paradigma forte lhe enfrentando: faltava-lhe um amor de verdade.
Refletindo como pôde passar toda sua mocidade focando o sucesso e a realização de suas aspirações sem pensar em ter um amor, uma vida a dois, construir uma história, ele se lembrou daquela garota.
Aquela garota,que ele via uma vez por semana numa ocasião especial, falavam-se pouco, mas olhavam-se muito e ele sabia, havia algo alí.
Um dia ambos conversaram sobre o futuro e seus desejos,e os desejos convergiam, muito embora com dezesseis anos eles não tivessem certeza do que realmente queriam.
Josh foi se deitar com um brilho nos olhos como quem reencontra algo importantissimo que não era visto a tempos,nisso ele adormeceu com um calorzinho no coração, naquela noite fria de inverno, quando o vento soprava solidão.
No dia seguinte, Josh levantou atrasado pra trabalhar e saiu desesperadamente. Ao cruzar a quarta esquina com seu carro, ele viu a tal garota, que já não era mais uma garota, mas a mulher com quem ele tanto sonhara e de quem ele tanto falara durante toda a sua vida,havia ele então reenontrado o amor dos seus dezesseis anos.
Do nada Josh ficou bobo, eufórico, desnorteado, perdido e sem ar, virou á direita, passou o sinal vermelho e tomou uma multa, a multa mais importante da vida dele, foi paga e guardada a sete chaves, de modo que ele pudesse se lembrar do dia e da hora em que reencontrou seu par.
Josh então a via sempre por alí,resolveu ir ao encontro dela, mas com o coração limpo e aberto , tendo a plena consciência de que tudo poderia acontecer,mas que seu desejo era ser feliz e ser feliz ao lado dela, isso ele tinha certeza.
Então quando a noite se fez luz e virou dia,lá foi Josh, procurar a felicidade na garota dos seus sonhos, pra escrever com ela mais inumeras páginas da sua vida...

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Pórtico da Felicidade .

Ah que bonito era, e quem dera fosse
O mesmo pórtico de alegria que encontrei antes
Mesmo que não fostes este, alegras meu semblante
Certas coisas já não fazem mais diferença
Não há dor que sempre dure e nem bem que jamais vença
Que se me fazes feliz com tua presença
Me esqueço de todas as minhas incertezas
De dor, de vida e de crença
Por acreditar sem conhecer o que há de vir
O motivo que vai mover tudo agora é faze-la sorrir
Mesmo que para isso eu tenha que derramar meu pranto
Te ver feliz agora e sempre
Vai ser eternamente o meu encanto.
André Luiz Gomes Filho.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ao vencedor, as batatas.

"Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos", diz Quincas Borba a Rubião para explicar-lhe a teoria do humanitismo. E completa: "ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas"


Trecho do Livro: Quincas Borba de Machado de Assis.

Ideal pre refletir, já que nos tempos de hoje, ao contrário do que se deveria, o mais forte utiliza sua força pra oprimir ao invés de proteger os mais fracos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Comparação .

Os combustíveis fósseis, foram por um bom tempo os personagens principais da cena social pós-guerra, porém, hoje disputam cenário com os biocombustíveis, que apesar de jovens ja se mostram competitivos e eficazes.
Por curiosidade a FEI-SP exibirá dia 19/06/2009 seu projeto de produção de etanol à base de cascas de banana, mais uma mostra da força dos combustíveis alternativos na cena social contemporânea.

Alusão Histórica

Em 1929, com o crash da Bolsa de Valores de Nova York, o mundo experimentou pela primeira vez a sensação de ver o dinheiro não valer mais absolutamente nada, no entanto, 80 anos depois, vivemos uma crise parecida, deixando claro que a sociedade não corrigiu seus erros, uma vez que esta não aprendeu a repensa-los,no momento retrógrado de adversidade.

Provas Concretas.

Conforme constatou-se em recente pesquisa feita pelos orgãos estatísticos brasileiros, 10% de toda a população nacional, é composta por homossexuais, o que nos leva a verificar que a sociedade precisa rever certos conceitos e readequar certos valores frente ao avanço destes números em função do tempo.

Argumentos de Autoridade.

"O Brasil precisa assumir um compromisso claro com os mais probres, pois hoje há no país uma população divida e dois grupos.
Os que não comem e os que não dormem porque tem medo dos que não comem."

Roberto Requião
Governador do Paraná.

Argumentos de Presença.

Na mentalidade da Europa Feudal, os nobres estavam predestinados ao poder , tanto quanto os servos a miséria e a opressão.

Argumentos de Retorção .

"Eu gostaria de parabenizar a Rede CBN de comunicação pela excelente boca-de-urna que fez para o candidato da oposição durante todo o dia de votação. Parabéns, perderam a eleição."

Roberto Requião.
Governador Reeleito do Paraná
05/10/2009 em Enstrevista Coletiva.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Vivendo suavemente...

Aquele sentimento ruin que eu trazia no peito,consegui dissipar, não valia a pena.
Começei a olhar os fatos de um outro ângulo e percebi que nesse tempo todo o maior errado fui eu,e isso é fato,portanto se errei,o justo é que eu assuma as consequências.
De certo o tempo vai passar e essa situação também, o que me resta é esperar e tudo o que eu posso fazer é esperar,de pronto isso não é difícil pra mim.
Começei a entender que não é porque um dia eu desejei algo, que aquilo iria ser meu em um dado momento, o que não é pra ser, não é e vice-versa.
Apanhar por tudo isso é burrice,conformei-me de que basta ter paciência,tudo há de se resolver, chorar não vale mais a pena e sorrir ainda é de graça, prefiro ser feliz simplesmente por ser feliz, sem compromisso e sem estresse, suavemente e em doses irrisórias aos olhos e tranquilas para o coração.
O tempo passou e as coisas se foram,planejar o futuro agora é a meta e o principio que norteia isso é ser feliz e se esta existe, eu sei que hei de econtra-la na suavidade do canto doce do amor, que vem justamente quando se desiste de amar, para viver suavemente...